Uma das polêmicas levantadas nesta semana é sobre a real necessidade da convocação extraordinária, que pode custar R$ 1 milhão para o Legislativo. A maioria dos projetos em pauta é de autoria do Executivo. "A criação dos 37 cargos para diretores-gerais de penitenciárias era uma necessidade do governo e a convocação foi válida porque resolveu o problema. Aproveitamos e votamos os vetos do governador ao orçamento 2007", disse o presidente da Casa, Hermas Brandão. "Se esperássemos a nova legislatura, os projetos teriam de passar por comissões e depois ir ao plenário para votação, o que levaria mais de um mês", afirmou.
Já o deputado estadual e ex-chefe da Casa Civil, Caíto Quintana (PMDB), defendeu as convocações extraordinárias pelo fato de os vetos ao orçamento terem de ser votados pelos mesmos parlamentares que aprovaram a lei orçamentária no fim do ano passado. "Foram esses deputados que estão com mandato agora que analisaram e aprovaram o orçamento. Portanto, são eles que devem analisar e votar os vetos do governador."
O deputado Valdir Rossoni (PSDB) discorda. De acordo com ele, o Legislativo poderia muito bem ter esperado mais 15 dias. "Não havia necessidade de se votar este mês. Se houvesse urgência, teria entrado na pauta no fim do ano passado", afirmu o tucano. O petista Tadeu Veneri também analisou como desnecessária a convocação. "O nó da questão é que havia projetos de interesses de alguns."
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