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De acordo com um morador, obras podem deixar a praça “no estilo da Santos Andrade” | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
De acordo com um morador, obras podem deixar a praça “no estilo da Santos Andrade”| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Outro lado

Urbs diz que discutiu projeto com associação de moradores

Através de sua assessoria de imprensa, a Urbs garantiu que o projeto de implantação do Ligeirão Norte foi exaustivamente discutido com a associação de moradores e representantes da Escola Santa Terezinha e que não estão previstas intervenções na Praça do Japão. Conforme a empresa, serão realizadas apenas reformas para o desalinhamento e ampliação da estação tubo Bento Viana, que fica próxima ao local e será o ponto final do trajeto. Depois de parar no tubo, o expresso vai contornar a Praça e retornar pela avenida Sete de Setembro.

Comerciantes e moradores do entorno da Praça do Japão, localizada no bairro Água Verde, em Curitiba, organizam um abaixo-assinado na tentativa de suspender as obras de infraestrutura para implantação do Expresso Ligeirão Nor­te no local. O documento, disponível na internet, em alguns pontos comerciais e em uma loja dentro do Memorial da Imigração Japonesa, é direcionado aos diretores da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pela intervenção. Só na internet, o abaixo-assinado conta com quase 2,3 mil assinaturas.

O documento cita a instalação de uma estação tu­­bo em frente da Escola San­ta Terezinha do Menino Je­­sus, na Avenida Sete de Se­tembro, próximo à praça, e a construção de uma nova canaleta de ônibus que contorna­­ria e cruzaria o local para manobra de retorno do ex­­presso. O texto diz ainda que se trata de uma atitude "antidemocrática e ar­­bitrária" da prefeitura de Curitiba e da Urbs, que não teriam promovido discussões com a comunidade local antes da licitação da obra. Também há faixas de protesto fixadas na própria praça, no Portal Japonês, e em frente do Memorial.

A maioria dos entrevistados pela reportagem conhece pouco o projeto, mas se posiciona contra a obra. "Vão gastar muito dinheiro para um retorno pequeno, além de estragar o sossego da praça, que pode ficar no estilo da Santos Andrade", diz o morador Paulo Roberto Gasparelo. "Isso vai facilitar o comércio, pois moradores de outros bairros podem parar e fazer compras aqui", contrapõe a comerciante Aline Silvana.

A possível proibição de estacionar na rua e a retirada de um ponto de táxi, no entorno da praça, é uma das principais reclamações. "Se forem ‘cortar’ a praça e retirar o estacionamento, sou contra", afirma o comerciante Renato Pelaez.

Encontrar moradores engajados na defesa de praças não é novidade em Curitiba. Em 2007, Carlos Daitschman acabou preso depois de se posicionar em frente das máquinas e impedir a derrubada de árvores da Praça Miguel Couto, a Pracinha do Batel. Em setembro deste ano, outro protesto: membros da Bicicletada se manifestaram contra o projeto de destruição da pracinha no Alto da Glória/Juvevê, entre as ruas Dr. Goulin, Cambará e Paraguassu. Conforme a prefeitura, a obras são para aumentar o fluxo de veí­culos e a multiplicação de vias rápidas na região.

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