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Polêmica

Ação quer suspender edital que terceiriza administração da Pedreira

O vereador Jonny Stica (PT) protocolou pedido nesta quinta-feira (24) para barrar a licitação que terceiriza a operação de espaços públicos. Segundo ele, a publicidade dada ao processo foi insuficiente

Edital lançado pela Prefeitura de Curitiba concede à iniciativa privada a operação da Pedreira Paulo Leminski, da Ópera de Arame e do Parque Náutico por 25 anos | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Edital lançado pela Prefeitura de Curitiba concede à iniciativa privada a operação da Pedreira Paulo Leminski, da Ópera de Arame e do Parque Náutico por 25 anos (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

O vereador Jonny Stica (PT), líder da campanha "A Pedreira é Nossa!", protocolou nesta quinta-feira (24) uma ação popular que pede a suspensão do edital de licitação lançado pela Prefeitura de Curitiba que terceiriza a administração e a operação da Pedreira Paulo Leminski e da Ópera de Arame, ambas no Pilarzinho, e do Parque Náutico do Iguaçu, no Boqueirão.

O processo de concessão pública veio à tona na internet, via redes sociais, no início da semana, pois foi publicado pela Secretaria Municipal de Administração (Smad) no dia 17 de abril, no Diário Oficial do Município e na imprensa, sem qualquer outra divulgação por parte da prefeitura. O edital prevê a concessão por um período de 25 anos. A abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas está prevista para 4 de junho, às 9 horas.

Na ação, segundo o vereador, a publicidade dada pela Prefeitura ao processo foi insuficiente. Para Stica, o executivo municipal não respeitou as exigências para este tipo de concorrência.

"Sou favorável à Pedreira aberta e funcionando. Luto para isso há três anos. (...) não sou contra uma concessão que viabilize as obras com qualidade, desde que preserve o interesse público e cultural", disse o vereador, em nota oficial divulgada à imprensa.

Como o edital não teve a publicidade necessária, segundo a ação, feriu-se "a Constituição Federal e o artigo 21 da Lei de Licitações (8.666/93), entre outros dispositivos legais". "O que não podemos permitir é uma licitação sem divulgação e que faça a cidade perder ao não ter ampla concorrência", disse Stica.

Edital permite a mudança do nome dos espaços

Outro questionamento feito na ação é de que o edital garante o direito de que o ganhador estabeleça contratos de "naming rights", ou seja, tem autorização para agregar nomes de patrocinadores aos espaços licitados. "Não há garantias contratuais de que o nome da Pedreira Paulo Leminiski seja mantido", disse o vereador.

Independentemente da ação, o parlamentar informou que irá convocar representantes da Prefeitura para dar explicações sobre o processo e sobre a escolha do modelo de concessão em uma audiência pública e na Câmara Municipal de Curitiba.

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