Um acidente com capotamento no km 13,7 da BR-116 gerou um tumulto na Vila Zumbi, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, na manhã deste domingo (17). Cerca 200 pessoas invadiram as pistas da rodovia, por volta das às 10h40, para acompanhar o atendimento da ocorrência. Inicialmente a informação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) era de que se tratava de um protesto, mas os moradores não chegaram a fazer uma manifestação. No acidente, uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida.
De acordo com informações repassadas à PRF no local, o motorista de uma van tentou desviar de uma criança que brincava com uma pipa na rodovia. Ao passar para pista da esquerda, ele foi atingido na traseira por um caminhão de pequeno porte que estava fazendo uma ultrapassagem, perdeu o controle e capotou no barranco do acostamento. O condutor da van morreu no local. A passageira do veículo foi encaminhada ao Hospital Angelina Caron com ferimentos graves.
O grande movimento de moradores nas ruas da vila gerou uma aglomeração de cerca de 200 pessoas. Elas ficaram na rodovia durante pouco mais de uma hora, até o término do atendimento do acidente pelos bombeiros, já que o corpo do motorista ficou preso entre as ferragens.
Dois moradores da região acabaram detidos pela PRF por incentivar a população a tentar linchar o motorista do caminhão. Conduzidos à Delegacia do Alto Maracanã sob acusação de lesão corporal, ambos foram liberados após serem ouvidos pelo escrivão. Segundo informações da Polícia Civil, a vítima não quis depor contra os moradores.
Apesar da invasão das pistas, o tráfego não chegou a ficar totalmente bloqueado.
Local de protestos
O trecho da BR-116 que passa ao lado da Vila Zumbi foi palco de diversos protestos em 2009. Em outubro, durante três dias seguidos, os moradores fizeram manifestações pedindo passarelas para travessia da rodovia. No primeiro dia, após um homem ter ficado ferido em um atropelamento, a estrada ficou bloqueada durante quatro horas e houve relatos de apedrejamento de veículos e assaltos a motoristas e passageiros de ônibus que ficaram presos da fila de dez quilômetros que se formou no local.
