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Brasil e Argentina

Acordo bilateral favorece moradores fronteiriços

Entre os benefícios está a possibilidade de frequentar escolas públicas e usar serviços de saúde. Para valer, falta aval de Dilma Rousseff

Moradores de fronteira terão novo documento para aproveitar benefícios | Marco Labanca/Gazeta do Povo
Moradores de fronteira terão novo documento para aproveitar benefícios (Foto: Marco Labanca/Gazeta do Povo)

Um acordo bilateral selado entre Brasil e Argentina vai mudar a realidade da população de dez cidades fronteiriças situadas no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e reduzir as barreiras burocráticas do Mercosul. A partir da emissão de uma Carteira Vicinal Fron­teiriça, brasileiros e argentinos poderão frequentar escolas, ocupar postos de trabalho e ter acesso ao serviço público de saúde nos dois países com mais facilidade.Para entrar em vigor, o tratado só precisa ser promulgado pela Presidência do Brasil e publicado em Diário Oficial, segundo o Itamaraty. A proposta, assinada em 2005, já foi aprovada pelos congressos da Argentina e do Brasil. A última instância a dar o aval foi o Senado brasileiro, no dia 31 de maio deste ano. No Brasil serão beneficiadas as cidades de Foz do Iguaçu, Capanema e Barracão, no Paraná; Dionísio Cerqueira (SC) e Porto Mauá, Porto Xavier, São Borja, Itaqui, Uruguaiana e Barra do Quaraí (RS).

No Brasil, a carteira será expedida pela Polícia Federal (PF) e na Argentina pelo Departamento Nacional de Migrações. Será exigido comprovante de residência e certidão negativa de antecedentes judiciais, penais e policiais.

Expectativa

Em Foz, a expectativa para a aplicação do acordo é grande porque a população local sente todos os dias os entraves burocráticos do Mercosul. Entre os problemas que devem ser resolvidos estão as longas filas para cruzar a fronteira.

O delegado-chefe do Núcleo de Migração da Polícia Federal de Foz, Gabriel Pucci, diz que a posse da carteira vicinal não isenta o morador fronteiriço da fiscalização policial de rotina.

O portador da carteira também poderá exercer a profissão ou trabalhar no país vizinho com garantias de direitos trabalhistas e previdenciários. Além da permissão para frequentar as redes públicas de saúde e de educação, na área educacional o tratado prevê intercâmbio de professores e o ensino de História e Geografia a partir de uma perspectiva de integração.

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