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Julgamento do acusado pela morte da psicóloga Telma Fontoura | Oswaldo Eustáquio / Gazeta do Povo
Julgamento do acusado pela morte da psicóloga Telma Fontoura| Foto: Oswaldo Eustáquio / Gazeta do Povo

Após julgamento longo e inflamado, Paulo Estevão de Lima, foi condenado pelo juri popular a 18 anos e nove meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, além de multa. A sentença foi proferida na noite desta quarta-feira (23). Lima saiu do Fórum de Matinhos acompanhado por dois policiais e, de acordo com a determinação judicial, vai para o Centro de Detenção de São José dos Pinhais.

Sobrinha do ator Ary Fontoura e filha do ex-secretário de estado da Saúde Ivan Fontoura, Telma lecionava na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) há 27 anos. Ela foi encontrada enterrada na praia do balneário Shangri-lá, em Pontal do Paraná, no dia 12 de julho de 2010, depois de sair para caminhar na tarde do dia 11.

O julgamento foi acompanhado por cerca de 40 pessoas, a maioria familiares de Telma. Eles usaram uma camiseta com a foto da vítima. Algumas pessoas que defendem a inocência de Paulo também usavam camiseta com a mensagem: Paulinho é inocente. O ator Ary Fontoura, que é tio de Telma, também acompanhou o julgamento "A justiça dos homens é falha. Por mais que o acusado seja condenado, minha sobrinha, uma pessoa querida por todos, não vai voltar mais", lamenta o ator Ary Fontoura.

"Estamos aliviados com a decisão. A justiça foi feita. O meu irmão viu o acusado três vezes na praia onde o corpo da minha irmã foi encontrado. Além disso, a bituca de cigarro que foi encontrada próximo ao local tem o DNA dele. Que isso sirva de exemplo para outros casos", diz Fábio Fontoura, irmão da vítima.

O promotor de justiça do Ministério Público do Paraná, João Nilton Salles, disse estar satisfeito com a decisão. "Foi um bom debate. O Ministério Público trabalha para que seja feita justiça e havia provas suficientes para a condenação do réu", afirma.

O advogado Murilo Buchman, que fez a defesa do réu, manifestou recurso de apelação logo após a sentença. "O Paulo é inocente e está sendo condenado injustamente. Não há consistência nas provas apresentadas pela promotoria", diz.

Caso

A psicóloga foi encontrada morta no balneário de Shangri-lá, em Pontal do Paraná, no litoral do estado, no dia 12 de julho de 2010, uma segunda-feira. Telma saiu para caminhar pelo balneário na tarde de domingo (11), por volta das 16h30, e não voltou. A psicóloga estava em férias. Os familiares registraram o desaparecimento da vítima na delegacia por volta das 22 horas.

As buscas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil começaram na noite de domingo e foram suspensas durante a madrugada. O trabalho do Corpo de Bombeiros e dos policiais civis foi retomado às 7 horas de segunda-feira e o corpo da psicóloga foi localizado por volta do meio-dia.

De acordo com a Polícia Civil, o corpo da psicóloga estava enterrado na orla marítima entre os balneários de Shangri-lá e Barrancos.

Em fevereiro de 2011, a Justiça decidiu que o acusado de matar a psicóloga iria a júri popular. O juiz Leonardo Bechara Stanciolli também negou ao acusado o direito de recorrer da decisão em liberdade.

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