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Foi presa nesta quarta-feira (4) em Florianópolis (SC) uma advogada acusada de praticar diversos golpes no Paraná. Sabrina Naschenweng, de 39 anos, e o pai dela se apropriavam do dinheiro de ações judiciais de seus clientes. Edelmo Naschenweng, de 71 anos, também é advogado e teve sua prisão decretada, mas está foragido. Outras duas funcionárias irão responder ao inquérito policial em liberdade.

Segundo investigações da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC), o escritório de advocacia Naschenweng Advogados Associados, com sede em Florianópolis e filial em Curitiba, fazia um contrato com seus clientes. Quando havia ganho de causa, enviava uma carta com uma procuração em anexo solicitando uma nova assinatura. Com o documento, o escritório sacava todo o dinheiro da ação judicial sem repassá-lo ao cliente, que não conseguia mais contatar os advogados.

No Paraná, há cinco inquéritos policiais e três boletins de ocorrência contra o escritório, nas cidades de Curitiba, Maringá e Foz do Iguaçu. Outros processos criminais por apropriação de valores de clientes foram abertos contra o Naschenweng Advogados Associados em Santa Catarina.

Batizada de Operação Patrono, que significa "protetor", a ação foi realizada por policiais civis da DEDC do Paraná com o apoio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de Florianópolis (DEIC). A DEDC aguarda o envio pela OAB das denúncias que o órgão recebeu de clientes do escritório. Só quando tiver essas informações poderá ter uma exata noção do valor apropriado pelos advogados indevidamente.

A reportagem tentou entrar em contato com o escritório Naschenweng Advogados Associados, mas ninguém foi localizado para comentar o assunto.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná informou que a advogada foi suspensa do exercício profissional em todo o território nacional desde o dia 28 de novembro. A seccional paranaense da OAB informou que encaminhou um pedido de suspensão preventiva da advogada também para a OAB de Santa Catarina.

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