A advogada Eloisa Samy, de 45 anos, uma das ativistas denunciadas à Justiça por formação de quadrilha armada em processo sobre protestos violentos, pede asilo político ao Uruguai, na tarde desta segunda-feira, 21. Eloisa seguiu para o Consulado Geral do Uruguai no Rio de Janeiro, em Botafogo, e a Polícia Militar chegou a procurar por ela no local, mas foi orientada a deixar o consulado. Eloisa Samy afirma, em vídeo, que é uma "perseguida política", criminalizada por sua "atuação na defesa por direito de manifestação". "Jamais cometi qualquer ato que infringisse a lei, mas estou sendo vítima das forças coercivas do Estado exatamente por defender pessoas que se ergueram e foram às ruas para protestar contra as ilegalidades cometidas por ele próprio. Quem atua na ilegalidade é o Estado. A democracia é regra e nos pertence".
Na denúncia encaminhada à Justiça, o promotor Luís Otávio Lopes diz que Eloisa aproximou-se dos outros ativistas como advogada, mas que depois teria participado dos atos violentos, "inclusive passando instruções aos ocasionais participantes, tendo sido vista ordenando o início de atos de violência". Ela também é acusada de prestar "apoio logístico" ao grupo, "inclusive cedendo sua residência para reuniões". Ela nega as acusações.
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