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Tragédia no AM

Aeronave que caiu em rio será levada para Manaus

No total, 24 pessoas morreram na queda do avião no sábado. Cópia de documento que revela peso do avião está desaparecida

Um documento importante do piloto do avião que caiu no rio Manacapuru, no Amazonas, está desaparecido. Ele teria as informações sobre o peso da carga que o avião levava. No acidente, morreram 24 pessoas.

No total, 17 das 24 vítimas eram da mesma família. No cemitério de Coari (AM), os caixões foram sepultados diante de familiares e amigos, que ainda procuram entender a tragédia.

A aeronave decolou de Coari e, quando estava a 20 minutos do pouso, o comandante entrou em contato com a torre de controle do aeroporto em Manaus e disse que voltaria por causa da forte chuva.

Em seguida a aeronave desapareceu dos radares do Cindacta. O avião fez um pouso forçado no rio Manacapuru e em seguida começou a afundar.

"Uma hélice falhou. Ela claramente parou e a gente começou a perder altitude. Foi quando eu olhei para o painel de controle e vi uma luz vermelha piscando. Aí, a gente começou a se desesperar. A gente começou a orar e o avião estava perdendo altitude e estava caindo", afirmou a universitária Brenda Dias Moraes, sobrevivente do acidente.

Nesta segunda-feira (9), três peritos da aeronáutica voltaram ao local do acidente, coletaram amostras do óleo do motor e do combustível. Recolheram ainda o painel de controle e o GPS que ficava na cabine. O motor também foi vistoriado, mas uma análise mais detalhada deve ser feita em Manaus para onde a carcaça da aeronave será transportada de balsa.

A caixa que grava as vozes da cabine foi encontrada no próprio sábado, mas os peritos ainda não conseguiram um programa de computador capaz de decodificar o som. A investigação vai ainda calcular o peso da carga, combustível e pessoas a bordo. Já se sabe que havia mais passageiros do que a capacidade do avião, mas ainda não está claro se havia sobrepeso.

Um documento divulgado pela empresa dona do avião mostra uma lista com os nomes dos passageiros. Seria o manifesto de carga, documento onde os pilotos dão informações sobre o vôo, incluindo o cálculo de peso, mas os espaços estão vazios. A empresa afirma que o documento não foi feito pelo piloto do avião que caiu. Foi usado pela empresa apenas para divulgar a relação dos nomes, mas não sabe dizer onde está o documento original feito pelo piloto do bandeirante antes de sair de Coari.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu processo administrativo para averiguar as condições de segurança operacional da empresa proprietária do avião.

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