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Comandatuba (BA) - A adequação dos aeroportos para a Copa do Mundo de 2014 é um desafio para o Brasil, na avaliação do ministro do Esporte, Orlando Silva. De acordo com ele, é necessário investir na ampliação de terminais de passageiros, parques das aeronaves e pistas, principalmente nos aeroportos das 12 cidades-sede da Copa, entre eles o Afonso Pena, em Curitiba.

O ministro afirmou, durante o 9.° Fórum Empresarial, em Comandatuba (BA), que a situação do setor é difícil devido ao crescimento de 15% a 20% ao ano na demanda de passageiros. Com a Copa, a expectativa é ultrapassar 30% de aumento ao ano. "Aeroporto é tema sensível não apenas para atender à Copa e aos Jogos Olímpicos, mas para atender ao Brasil hoje, tanto do ponto de vista de logística como sobretudo para atender à demanda crescente de passageiros", disse Silva.

O governo federal irá destinar R$ 8 bilhões para o setor, dos quais R$ 6 bilhões irão para os aeroportos das cidades-sede. Cada caso será analisado em específico, disse o ministro. Ele adiantou que a Infraero irá ampliar a capacidade do Ae­­roporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos (SP), o maior aeroporto do Brasil.

O presidente do Grupo de Líderes Empresariais, João Dória Jr., disse durante o Fórum que o impasse poderia ter sido resolvido "não fosse a previsão equivocada de que a privatização dos aeroportos brasileiros não era o melhor caminho", mas o deputado Cân­dido Vaccarezza (PT-SP) rebateu que não há grande diferença de qualidade dos serviços aeroportuários entre o Brasil e o restante do mundo. Ele foi vaiado pela maioria dos cerca de 300 empresários presentes no encontro.

Investimentos

A previsão do governo federal para a Copa é investir R$ 28 bilhões e gerar 300 mil empregos até 2014. Segundo o ministro do Esporte, o orçamento deverá ser mantido, ao contrário das variações que ocorreram durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, quando o custo final foi nove vezes maior que o projetado inicialmente.

O governo federal irá enviar ao Congresso projetos de lei que isentam de tributos os projetos da Fifa. De acordo com Orlando Silva, estudo do Mi­­nistério da Fazenda sugere que pode haver impacto de cerca de R$ 500 milhões devido à renúncia fiscal. "A expectativa de ar­­recadação de tributos em função da repercussão econômica é de R$ 16 bilhões", disse.

A jornalista viajou a convite da organização do evento

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