A Agência Nacional de Águas (ANA) lançou ontem a Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade das Águas (RNQA) na sede da instituição, em Brasília. A rede e a unificação de padrões de monitoramento e de avaliação da qualidade das águas do país que ela traz formam o principal eixo do Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA). A missão da rede será disponibilizar informações a respeito da qualidade das águas para auxiliar na gestão dos recursos hídricos do país.
Até agora, 16 estados assumiram o compromisso com a rede: Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal.
Abrangência
Segundo a Agência, a meta é que até dezembro de 2020 todos os estados signatários da rede tenham um total de 4.452 pontos de monitoramento. Atualmente, existem apenas 2.500.
A importância da criação da rede reside na padronização do monitoramento, da coleta de material e da avaliação laboratorial da qualidade das águas dos rios do Brasil. Até hoje, cada estado utilizava uma metodologia diferente e isso impossibilitava comparações e avaliações nacionais sobre os pontos mais poluídos e quais as causas dessa poluição.
Investimentos
Para atingir as metas, a agência vai ceder equipamentos que totalizam um investimento de R$ 9,54 milhões. Renata Bley, especialista em recursos hídricos da ANA, conta que são 83 medidores acústicos de vazão, 46 sondas multiparamétricas de qualidade da água, 30 caminhonetes 4x4 com baú adaptado e 25 barcos com motor de popa para começar o trabalho. Todos os dados obtidos pela rede serão armazenados no Sistema de Informações Hidrológicas da ANA e serão integrados ao Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos.



