
O aldicarbe, agrotóxico utilizado de forma irregular como raticida doméstico (chumbinho), foi banido do mercado brasileiro, informou ontem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As informações são da Agência Brasil. Estimativas do governo apontam que o produto é responsável por quase 60% dos 8 mil casos de intoxicação relacionados a chumbinho no Brasil todos os anos.
O aldicarbe tem a mais elevada toxicidade entre todos os ingredientes ativos de agrotóxicos até então autorizados no país. O único produto à base de aldicarbe que tinha autorização no Brasil era o Temik 150, da empresa Bayer, para uso exclusivamente agrícola. Com a decisão, está proibida a produção, comercialização e o uso de qualquer agrotóxico à base de aldicarbe.
A Anvisa destacou que o chumbinho é ineficaz no combate doméstico de roedores, já que, como o primeiro animal que ingere o veneno morre de imediato, os demais ratos observam e não consomem o alimento envenenado. Já os raticidas legalizados agem como anticoagulantes, provocando envenenamento lento. Dessa forma, a morte do animal não fica associada ao alimento ingerido, o que faz com que todos os ratos da colônia consumam o veneno.



