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Trauma

Ainda tenho medo de sair de casa, diz mãe de bebê arrastado em AL

Mãe de bebê arrastado em Maceió ainda tem medo de sair de casa | Arquivo pessoal
Mãe de bebê arrastado em Maceió ainda tem medo de sair de casa (Foto: Arquivo pessoal)

"Ainda tenho medo de sair de casa. Vou passar o domingo com minha mãe", disse Renata Jobim, mãe do bebê Gabriel, de 3 meses, que foi arrastado pelo carro da família em um assalto em Maceió, em 23 de abril deste ano. Ela não pretende comemorar o primeiro Dia das Mães dela fora de seu apartamento na capital alagoana.

"O máximo que vai dar para fazer é ir até a casa de minha mãe, que mora bem pertinho de nós", disse Renata. Ela ainda lembra dos momentos difíceis vividos após ver o filho pendurado do lado de fora do carro, sentado na cadeirinha de bebê, perto da roda do veículo.

A arquiteta se preparava para sair de casa com o filho, quando foi abordada por três rapazes, que pediram o carro. Ela estava acompanhada da mãe e tentou tirar o filho com a cadeirinha, mas não teve tempo. Um dos criminosos, que assumiu o volante, acelerou o veículo e a criança ficou pendurada do lado de fora.

"Eu cheguei a pensar besteira naquele dia, mas, felizmente, hoje posso passar o Dia das Mães com meu filho e ao lado da minha mãe", afirmou a arquiteta, que ainda não retormou à rotina profissional, já que sua licença maternidade já acabou. "Estou me virando em casa mesmo."

Renata disse que o filho só saiu de casa para ir ao médico. "Precisava fazer o acompanhamento do ferimento no bracinho dele. Era difícil fazer o curativo porque ele chorava de dor. Fora isso, tivemos a rotina de ir à delegacia, prestar depoimento, fazer exames no IML."

Ferimentos

Logo após o assalto, o menino e o carro foram abandonados na avenida da orla de Maceió, cerca de 400 metros do local da abordagem.

O bebê sofreu escoriações no braço esquerdo, passou por uma tomografia na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, mas o exame não constatou problemas neurológicos. Segundo médicos que atenderam a criança, a estrutura da cadeirinha evitou ferimentos graves. Brinquedos e visitas

Ela afirmou que o filho está se alimentando bem, mas ainda enfrenta um pouco de dificuldades quando dorme. "Ele acorda, às vezes, um pouco assustado. A médica nos disse que ele não deverá gravar na memória o que aconteceu, apenas terá lembrança de ter sido chacoalhado."

"O que nos ajudou a superar os primeiros momentos após o ocorrido foram as visitas de amigos e parentes. O apartamento estava sempre cheio e era ruim quando todos voltavam para suas casas. Muita gente deu presentes para o Gabriel. Foi bom para relaxar e distrair a cabecinha dele", disse Renata.

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