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Aeronaves decolam na madrugada para chegar ao raiar do sol em seus respectivos pontos de busca | Johnson Barros / Divulgação FAB
Aeronaves decolam na madrugada para chegar ao raiar do sol em seus respectivos pontos de busca| Foto: Johnson Barros / Divulgação FAB

Confira trechos das buscas divulgados pela FAB

Brigadeiro confirma que o pallet encontrado não faz parte dos destroços da aeronave

Professora romena que coordenava convênio com a UFPR estava no voo

A professora, que não tinha filhos, havia se casado na Romênia cinco dias antes de embarcar para o Brasil. Esta era a segunda vez que Violeta esteve no país. Em novembro do ano passado, a professor esteve em Curitiba para assinatura do acordo de duplo diploma na área de Engenharia Industrial Madeireira com a instituição francesa e a UFPR. "Violeta teve um papel decisivo na assinatura desse acordo", afirma Ghislaine. "Ela era uma pessoa de atitude, que resolvia as coisas."

Leia a matéria completa

Veja a lista de passageiros do voo AF 447 da Air France

Lista oficial de passageiros brasileiros:

A Air France divulgou na quarta-feira (3) uma lista com nomes de 53 dos 58 passageiros. Alguns não tiveram o nome incluído na lista a pedido de parentes.

Leia a relação completa de passageiros

  • Airbus A330-200, semelhante ao avião desaparecido da Air France
  • Da esquerda para a direita entre o círculo, os três passageiros do voo AF 447: Luigdi Zortea, prefeito de Canal San Bovo; Rino Zandonai, diretor da Associação Trentinos no Mundo (no centro); e Geovanni Batistta Lenzi, deputado da Província Autônoma de Trento
  • Luiz Roberto Anastácio, presidente da Michelin para a América do Sul, estava no voo 447
  • Lucas esteve no Brasil para assistir o enterro do pai, que faleceu há 15 dias
  • Veja no mapa as áreas de busca pelos destroços
  • Saiba mais sobre as operações de resgate

A Airbus divulgou procedimentos a serem seguidos caso a tripulação suspeite de falhas nos indicadores de velocidade das aeronaves, sugerindo que um defeito técnico pode ter sido preponderante no acidente desta semana com um avião da Air France na rota Rio-Paris.

Mensagens de emergência enviadas durante três minutos antes da queda indicam que havia uma inconsistência entre diferentes velocidades aferidas pelos instrumentos logo depois que o avião entrou em uma zona de tempestade, de acordo com especialistas.

A mensagem da Airbus foi enviada a todos os proprietários do modelo A330 na noite de quinta-feira (4). Uma fonte do setor disse que alertas desse tipo só são enviados quando investigadores de acidentes aéreos estabelecem fatos que consideram ser importantes o suficiente para serem imediatamente divulgados às empresas.

Um porta-voz da Airbus disse nesta sexta-feira (5) que o alerta a seus clientes não implica que os pilotos da aeronave acidentada tenham feito algo de errado ou que uma falha de projeto tenha causado o desastre.

O avião da Air France supostamente caiu ao passar por uma zona de forte turbulência no meio do Atlântico. Havia 228 pessoas a bordo. A FAB visualizou destroços no mar a cerca de 1.100 quilômetros da costa do Nordeste, que segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, seriam do avião.

As equipes de resgate encontraram vários destroços boiando espalhados num trecho de 90 quilômetros, e barcos presentes na área estão tentando recolhê-los para se certificar de que o avião realmente caiu naquela área. Uma primeira parte recolhida pela Marinha, no entanto, foi descartada como sendo do AF 447.

Mais de 300 modelos A330-200, igual ao da Air France, operam no mundo todo. Os investigadores não sabem se realmente ele chegou à zona de tempestade com velocidade errada. Um especialista em aviação, que pediu anonimato, disse que os sensores de velocidade se baseiam na pressão do ar e podem apresentar leituras incorretas se forem obstruídos por objetos como o gelo.

Mas o equipamento é aquecido para evitar o congelamento, e não há informações precisas sobre qualquer falha. Se os pilotos tiverem confiado em leituras imprecisas, podem ter alterado equivocadamente a velocidade, prejudicando a estabilidade do voo.

A Airbus disse que o procedimento correto quando há indicadores de velocidade duvidosos é manter a força dos motores e começar uma verificação.

A mensagem da Airbus reabre um antigo debate entre pilotos sobre uma suposta complexidade excessiva dos aviões da empresa.

"Este é um avião que foi concebido por engenheiros, para engenheiros, e nem sempre para pilotos", disse Jean-Pierre Albran, veterano piloto de Boeings 747, ao jornal Le Parisien.

"Por exemplo, num 747, o acelerador é empurrado manualmente. Você sente ele se mexer na turbulência. Nos Airbus recentes, o acelerador é fixo. Você olha nos indicadores. Não sente nada."

Especialistas em aviação especulam que o avião da Air France tenha sido derrubado por uma conjunção de fatores, entre eles a turbulência e o mau tempo. As autoridades minimizam a hipótese de terrorismo.

Buscas

A visibilidade na área de buscas pelo voo 447, na região de Fernando de Noronha, está prejudicada na manhã desta sexta-feira (5), segundo o tenente-brigadeiro Ramon Borges Cardoso, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, que participa das operações.

Cardoso disse que, apesar da visibilidade prejudicada, todas as aeronaves usadas nos trabalhos de resgate decolaram e foram deslocadas para regiões onde as condições meteorológicas estão melhores.

O tenente-brigadeiro afirmou que, com o passar do tempo, as chances de encontrar sobreviventes ou corpos de ocupantes do avião ficam menores.

Viagem

Mais cedo, parentes dos passageiros embarcaram do Rio de Janeiro para o Recife, em um avião da Força Aérea Brasileira. Cardoso disse que um piloto que participa das buscas deve conversar com os familiares, na base aérea do Recife, para explicar o que está sendo feito.

O tenente-brigadeiro voltou a afirmar que a Aeronáutica não está investigando as causas do acidente. "Existe uma equipe da França e somente depois que eles tiverem dados completos poderão fazer uma análise sobre as causas do acidente", disse Cardoso.

Mudança

A companhia aérea Air France informou em comunicado, nesta sexta, que a partir de domingo (7), o voo AF 447, que faz a rota entre os aeroportos Galeão (Rio de Janeiro) e Charles de Gaule (Paris), receberá a numeração AF 445.

Segundo a empresa, o voo AF 444 entre Paris e Rio de Janeiro irá continuar com a mesma numeração.

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