O Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) cobrou publicamente, nesta sexta-feira (8), o reforço do policiamento em linhas do transporte coletivo. Não há dados estatísticos, mas o presidente do órgão, Anderson Teixeira, afirma que os casos de roubos a motoristas, cobradores e usuários de ônibus aumentaram nos últimos dois meses.
"Os casos [de assaltos] aumentaram e a situação está insustentável. Os funcionários estão com medo de trabalhar. E o medo é algo que atinge não só a categoria, como as pessoas que dependem do transporte coletivo", afirmou Teixeira.
Como principal causa da suposta elevação dos casos de roubos em ônibus, terminais e estações-tubo, o sindicato menciona o Grupo Tático Velado (GTV), da Polícia Militar (PM). Composto por policiais não caracterizados, o núcleo teria por função coibir assaltos no transporte coletivo.
"O GTV sempre foi focado no transporte coletivo e funcionou muito bem nos últimos cinco anos. Mas nos últimos dois meses, este grupo foi desviado para outras funções e perdeu este foco de agir em ônibus", disse o presidente do Sindimoc.
O sindicato afirma ter sido informado pela PM que o policiamento preventivo ao transporte coletivo ficou a cargo dos batalhões das respectivas áreas por onde os ônibus trafegam. Esta segurança também seria feita por policiais do serviço reservado. A Gazeta do Povo entrou em contato com a PM, que prometeu encaminhar uma nota oficial, dando sua versão sobre o fato. Até as 20h45, o comunicado não havia sido enviado.
Casos
Nesta sexta-feira, uma estação-tubo foi assaltada no Xaxim, em Curitiba. Por volta das 10 horas, um homem armado com um facão rendeu o cobrador do tubo Santa Bernadete, na BR-116. O ladrão conseguiu fugir, levando R$ 82,50.
De acordo com um levantamento da empresa Araucária Transporte Coletivo repassado ao sindicato os ônibus da linha Araucária/Curitiba já sofreram 30 assaltos neste ano. Deste total, 14 teriam ocorrido no primeiro ponto da Rua João Bettega, na Cidade Industrial (CIC).
O Sindimoc reclama da falta de dados precisos relacionados a assaltos em ônibus e estações. O órgão pretende compilar as ocorrências e fazer um banco de informações, para acompanhar o problema. "Pretendemos nos reunir com o sindicato patronal para traçar uma pauta de reivindicações", disse.


