Brasília (Folhapress) A decisão do presidente do TCU, ministro Adylson Motta, de questionar as obras da operação tapa-buracos do governo que estão em execução sem prévia licitação repercutiu negativamente junto à base aliada no Congresso. Para o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), a posição do TCU pode prejudicar toda a operação caso seja necessário fazer a licitação de todos os trechos a serem recuperados. "Isto pode levar um ano. Quem garante que as estradas estarão em condições de uso em um ano? Ou o TCU está jogando a favor das estradas ou então não quer o conserto, afirmou Devanir.
Fiscalização
Para o senador Romeu Tuma (PFL-SP), da oposição, a decisão do TCU só veio comprovar as denúncias feitas pela oposição de que esta operação está sendo feita "de forma totalmente errada". Tuma disse que o tribunal precisa não somente cobrar a licitação, mas acompanhar as obras a serem feitas nas estradas.
"O TCU tem que escalar equipes de fiscalização para acompanhar a execução das obras. Não basta só no fim dizer se foi feito ou não." Tuma já apresentou três requerimentos à Mesa Diretora do Senado questionando a operação tapa-buracos.



