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AVIAÇÃO

Anac fecha postos em aeroportos

Sete dos dez centros de atendimento da agência nos principais terminais aéreos do país não funcionam mais. Reclamações podem ser feitas por telefone ou internet

Encerrado no primeiro semestre, escritório da Anac no Afonso Pena recebia duas reclamações por dia | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Encerrado no primeiro semestre, escritório da Anac no Afonso Pena recebia duas reclamações por dia (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Sete dos dez postos de atendimento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nos principais aeroportos do país foram fechados neste ano. Entre eles está o escritório que o órgão mantinha no Aeroporto Inter­nacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região me­­tropolitana de Curitiba. A baixa procura pelos serviços disponíveis é o motivo apontado pela Anac para o encerramento das atividades nos locais.Além do Afonso Pena, os aeroportos do Galeão (RJ), Fortaleza, Salvador, Recife, Porto Alegre e Congonhas (SP) deixaram de ter os centros de apoio. Os únicos que continuam atendendo são os de Guarulhos (SP), Confins (MG) e Brasília. Contudo, também devem ser fechados no ano que vem. Segundo a Anac, o posto do Afonso Pena, fechado no primeiro semestre, atendia dois casos por dia, sendo registradas apenas 396 reclamações em um período de seis meses.

O encerramento das atividades faz parte de uma estratégia da agência de concentrar o registro de queixas via telefone e internet. O atendimento a passageiros em todo o Brasil foi reforçado por meio do serviço Fale com a Anac, que pode ser procurado pela internet ou por telefonema gratuito. Os dois canais estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive com atendimento em inglês e espanhol. Todas as manifestações são registradas com número de protocolo e podem ser acompanhadas pelos usuários.

Segundo o chefe da assessoria de comunicação da Anac, Gerson Bonani, responsável pela área de relacionamento com usuários, o passageiro deve ter condições de registrar queixas a partir de qualquer local, evitando o deslocamento a um espaço específico. "Se ele [passageiro] está na sala de embarque, por exemplo, teria que ir até o saguão para procurar o posto da Anac. Por isso o atendimento via internet e telefone é mais eficiente", afirma em nota à imprensa.

A medida também visa padronizar os procedimentos de recepção e processamento de manifestações, já que muitas das reclamações antigas de passageiros não puderam ser acompanhadas adequadamente devido à fragilidade na apuração das informações nos postos de atendimento presencial. De acordo com a Anac, no primeiro semestre de 2010, os postos de atendimento presencial nos aeroportos receberam 7,1 mil reclamações. "Em média, cada posto realiza quatro atendimentos por dia contra 86 atendimentos via internet e telefone, ou seja, quase 22 vezes mais", diz Bonani.

Recepção de queixas deve ser padronizada

Qualquer que seja o canal de reclamação – pessoalmente, internet ou telefone –, a queixa deve ter o mesmo encaminhamento e atenção por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O fato deve ser apurado para saber se é necessária a abertura de um processo administrativo, no qual as empresas têm o direito de apresentar defesa. Caso seja comprovada irregularidade, a companhia aérea é multada. Pedidos de indenização e queixas relativas ao contrato firmado com as empresas devem ser levados a órgãos de defesa do consumidor, juizados especiais nos aeroportos ou outras instâncias da Justiça.

Serviço:

Passageiros podem fazer reclamação a qualquer hora, inclusive fins de semana, pelo site www.anac.gov.br/faleanac e do telefone gratuito 0800 725 4445.

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