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Os médicos-residentes do Hospital São Paulo decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (3), suspender a paralisação iniciada no último dia 23 de junho. A categoria afirmou que retomará os serviços às 7h desse sábado (4).

Segundo Klaus Nunes Fischer, presidente da Amarepam (Associação de Médicos-Residentes da Escola Paulista de Medicina), a categoria já conseguiu alguns avanços, como “a liberação de verbas do ministério da Educação que estava atrasado desde 10 de abril e a reversão de 10% que o Estado tinha feito do nosso repasse”.

Apesar disso, ele destaca que os residentes continuarão mobilizados e farão uma nova assembleia no dia 17 para decidir o andamento do movimento. Ao todo, o Hospital São Paulo tem 1.100 médicos-residentes, o que corresponde a cerca de 30% do quadro médico da unidade.

Um dos maiores hospitais a capital paulista, a unidade passa por uma grave crise financeira e superlotação. Com isso, a unidade chegou a suspender as internações não emergenciais no último dia 18, retomada em seguida.

O governo paulista anunciou, também no dia 18, um repasse de R$ 3 milhões para socorrer o hospital. Já nessa semana, o governo federal anunciou o repasse de R$ 5,9 milhões, como parte do Rehuf (Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais).

A Unifesp, responsável pela administração da unidade, afirmou que já foi notificada sobre a volta dos médicos-residentes. A universidade disse que a paralisação provocou impacto nos atendimentos, que ficaram mais demorados, mas não houve suspensão dos atendimentos.

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