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Trajeto de 3,4 quilômetros, no Centro, está previsto para ser percorrido por dois bondes com um intervalo de uma hora entre eles | Divulgação/Prefeitura de Curitiba
Trajeto de 3,4 quilômetros, no Centro, está previsto para ser percorrido por dois bondes com um intervalo de uma hora entre eles| Foto: Divulgação/Prefeitura de Curitiba
  • Uma das linhas deverá ligar o Passeio Público à Praça Eufrásio Correia

Bondes elétricos, que deixaram de funcionar em Curitiba na década de 1950, devem voltar a circular na região central da cidade como uma opção de passeio turístico. Projeto desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), autarquia da administração municipal, prevê a instalação de uma linha de bondes ligando o Passeio Público à Praça Eufrásio Correia. O trajeto de 3,4 quilômetros deverá ser percorrido por dois bondes com um intervalo de uma hora entre eles. O trânsito terá de ser modificado em algumas vias do percurso. De acordo com estimativa do órgão, as obras devem sair por R$ 12 milhões, valor que prefeitura pretende levantar junto à iniciativa privada.

A administração está definindo os termos da licitação que irá escolher a empresa que irá custear as obras. Os trabalhos serão feitos por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e a empresa selecionada também irá operar o serviço. Além da colocação dos trilhos, as obras incluem a estação e o mobiliário urbano dos pontos de parada e devem levar de um ano a um ano e meio. Maurício Sá de Ferrante, assessor de Projetos Especiais da Prefeitura, explica que o preço da tarifa não será o principal critério da licitação porque a ideia é que o bonde seja usado para passeios turísticos e não como transporte de massa cotidiano. "O preço até não pode ser muito pequeno para que não vire um meio de transporte diário para as pessoas. Vamos pegar o melhor projeto como um todo", diz. Segundo o assessor, a revitalização da Rua Riachuelo também fará parte da PPP e ainda se considera incluir o Passeio Público no pacote.

O percurso contará com uma estação e seis pontos de embarque (ver imagens ao lado). De acordo com Mauro Magnabosco, arquiteto do Ippuc que participou da elaboração do projeto, algumas ruas sofrerão modificações para adequar o tráfego de outros veículos. Ele afirma que as mudanças não devem complicar o trânsito na região. "As vias afetadas não ligam duas partes diferentes da cidade, não são diametrais, são locais. Os carros que trafegam por elas têm de manter uma velocidade baixa. Não são vias de velocidade, e nem queremos que seja", explica.

Itinerário

Um galpão de propriedade do município localizado na esquina das ruas Visconde de Guarapuava com Barão do Rio Branco dará lugar à estação e à garagem. Saindo de lá, os bondes vão passar em frente ao prédio da Câmara Municipal e seguir em um faixa exclusiva na Barão pelo sentido contrário ao dos carros. Magnabosco diz que se estuda alterar o sentido de uma das faixas na quadra. Após o cruzamento, os bondes vão seguir pela faixa exclusiva até o Paço Municipal. A faixa de estacionamento será eliminada no trecho.

O trajeto continuará pela Rua Riachuelo, onde os bondes devem compartilhar uma das pistas com os demais veículos até a Praça 19 de Dezembro. Os trilhos seguirão pela calçada e cruzarão a canaleta do expresso até a entrada do Passeio Público. Os bondes vão cruzar o interior do parque e descer em uma faixa compartilhada pela Rua Conselheiro Laurindo, passando em frente à Praça Santos Andrade, até a conversão na Rua XV de Novembro. A mão inglesa que existe em uma quadra da Conselheiro pode ser mudada, segundo o arquiteto, e os veículos na Rua XV devem dividir uma das faixas. Os bondes vão trafegar uma quadra no calçadão até a Barão, pela qual retornam à estação na faixa exclusiva.

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