
A licitação que previa a reforma e a exploração econômica da Rua 24 horas, em Curitiba, pela iniciativa privada foi cancelada em novembro após nenhuma empresa demonstrar interessar no projeto. A prefeitura então anunciou que faria por conta própria a revitalização e que as obras começariam em janeiro. A previsão era de que o local estaria pronto para receber o público curitibano e os turistas no mês de agosto. Seis meses após assumir a obra, a prefeitura ainda não sabe o que fazer com a Rua 24 horas.
A Urbanização de Curitiba (URBS), órgão responsável pelo local, informou que não há previsão para o início das obras. A revitalização, segundo a URBS, depende de um projeto técnico que está sendo elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC). A reforma deve começar pelo telhado de vidro, que provocava muitos problemas de infiltração e goteiras.
Também segue indefinido como será a ocupação espaço e se o funcionamento realmente vai ser 24 horas por dia. O projeto do IPPUC apontará os detalhes sobre tipo e quantidade de lojas que serão construídas. Segundo o IPPUC, o estudo está sendo minucioso para que não haja o mesmo problema do ano passado, quando nenhuma empresa se interessou em participar do projeto. Até lá, a Rua 24 horas, uma das atrações turísticas de Curitiba, permanecerá fechada para o público.
Processo emperrado
O processo de revitalização da Rua 24 horas se arrasta desde 2007. A primeira licitação foi realizada em abril, mas nenhuma das 18 empresas que compraram o edital chegou a apresentar proposta. Um segundo processo foi lançado no dia 8 de julho, com um prazo maior para as empresas interessadas avaliarem as exigências.
No dia 6 de outubro a licitação foi prorrogada por mais um mês. Na época, a prefeitura informou apenas que houve necessidade de "adequações" e "esclarecimentos" no edital. Mais uma vez nenhuma empresa se interessou em assumir o projeto. A prefeitura então decidiu assumir a obra.



