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Após ficar seis horas preso e pagar multa de R$ 9,3 mil, o rizicultor Paulo César Quartiero deixou nesta terã-feira (15) a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Boa Vista, Roraima. Ele foi preso na segunda-feira (14), após chutar uma viatura da Polícia Federal durante manifestação contrária ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve em Roraima.

O arrozeiro foi acusado por danos ao patrimônio público e seus sapatos foram apreendidos pela Polícia Federal como prova do crime.

No Instituto Médico-Legal (IML), durante o exame de corpo delito, Quartiero - que estava apenas de meias -, mostrou-se despreocupado com a prisão. "Eu estava no protesto e a PF quase passou por cima de mim com a viatura. Eu perdi a esportiva e, com meu 'chute atômico', eu consegui provocar danos ao patrimônio público", disse de forma irônica o arrozeiro, questionando a prisão e a fiança arbitrada contra ele. "Paguei caro porque a hospedagem na carceragem da PF é VIP", acrescentou

Quartiero, o deputado federal Márcio Junqueira (DEM) e mais cerca de 100 manifestantes bloquearam a entrada do Parque Anauá depois de serem impedidos de entrar no local. "O governo colocou anuncio nos jornais convidando a população para o evento e não nos deixaram entrar. Apanhei, fui preso, fiquei quase R$ 10 mil mais pobre só porque queria vaiar o Lula".

Questionado se estava arrependido de participar da manifestação, o arrozeiro disse que se arrependia de não ter sido mais radical e incisivo. "A situação do meu Estado é desesperadora por conta da política do presidente Lula e, após sete anos, ele vem anunciar investimentos na Guiana. Isso foi uma afronta", concluiu.

Além de responder por danos ao patrimônio público, Quartiero responderá a Termo Circunstanciado na Polícia Civil por acusações feitas por policiais militares que estavam na manifestação. O líder dos arrozeiros responde pelos crimes de desobediência, desacato, resistência e agressão física, desta vez, na Polícia Civil de Roraima. O produtor e outros três manifestantes foram presos sob acusação de lançarem cadeiras e até mesmo urina e fezes em policiais militares.

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