
Um protesto de moradores devido aos alagamentos que atingem vários bairros da capital nesta sexta-feira (21) bloqueou a marginal do Contorno Sul, Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira por mais de oito horas. A liberação do cruzamento com a Rua João Bettega, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) só foi registrada as 16h55. A Rua Desembargador Cid Campelo também teve o fluxo afetado, conforme a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), mas já está normalizada.
Os manifestantes reclamam pois as ruas da região amanheceram totalmente alagadas. Eles fecharam a marginal da rodovia e atearam fogo em pneus em um protesto que teve início por volta das 9 horas.
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Um ato de cerca de 50 moradores do Cajuru, na Avenida Jornalista Aderbal Gaertner Stresser com a Rua Ladislau Mikosz, também foi registrado. A Secretaria de Trânsito relata que o fluxo de veículos também está bloqueado nesta região. A Polícia Militar acompanhou a situação com uma viatura, mas não precisou interferir na manifestação.
A PR-415, conhecida como Rodovia João Leopoldo Jacomel, também ficou interrompida por conta de um protesto durante a manhã. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o tráfego na rodovia, no trecho que passa por Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, ficou alterado até as 11h40, próximo ao quilômetro oito. Às 14 horas, o fluxo foi normalizado na região, segundo a PRE.
A Defesa Civil de Curitiba relata que o pior alagamento ocorre no Caximba, onde um barco precisou ser levado para ajudar na retirada de moradores de alguns locais. Ainda não há um levantamento de quantas pessoas tiveram que deixar suas casas temporariamente até que a água baixe.
O órgão municipal também registrou alagamentos na calha do Rio Barigui, nas proximidades de onde ocorre o protesto que fecha a marginal do Contorno Sul. Em outros pontos da cidade, como na região dos parques Tingui e Barigui, a Defesa Civil faz verificações e orienta as pessoas em áreas de risco. Um balanço detalhado dos afetados deve ser divulgado ao longo do dia.
Água sobe no Tatuquara
Dalila de Souza Cordeiro, 55 anos, relatou à Gazeta do Povo que assiste com medo o nível da água subir gradativamente no Tatuquara. Um vazamento no encanamento de esgoto que é centralizado ali e uma valeta ao lado da casa dela, na Rua Ieda Cristina Ribeiro, fizeram com que a casa fosse alagada na manhã desta sexta. "Estou com meu marido, meus três filhos e meu neto em casa. Estou erguendo o pouco das coisas que temos para tentar evitar que molhe, mas não sei nem o que fazer", disse.
Trânsito
Curitiba amanheceu com diversos pontos de alagamento devido à chuva que caiu durante toda a noite de quinta (20) e madrugada de sexta. No começo da tarde, o bairro Tingui segue com o trânsito problemático devido a alagamentos.
No início da manhã, pelo menos seis bairros tinham trânsito complicado devido ao acúmulo de água na pista. Vista Alegre, Mercês, Centro, Hauer e Boqueirão constavam na lista de locais com fluxo prejudicado.
No Vista Alegre, o Rio Barigui transbordou em alguns pontos, especialmente nas ruas José Casagrande e na Vitório Sbalqueiro. O acesso ao Parque Tingui pela José Casagrande chegou a ficar totalmente bloqueado.
No Mercês, a região do Parque Barigui tinha situação difícil para os motoristas que tentavam passar pelo local. Houve alagamento principalmente da Avenida Cândido Hartmann.
Já no Centro, o problema se concentrou no cruzamento das ruas Visconde de Nácar com a Cruz Machado. A passagem de carros e de biarticulados na região com excesso de água exigiu paciência dos motoristas.
O Rio Belém também causava transtornos no trânsito e boa parte da sua extensão. Os problemas maiores estavam a partir do Hauer, onde a água atingiu a Rua Canal Belém. No Hauer, a Rua José Hauer está com o fluxo prejudicado. Já no Boqueirão, o trânsito era complicado na Rua das Carmelitas. A situação foi normalizada nesses pontos no início da tarde.
Inundações e protestos em Curitiba















