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Senadores Eduardo Girão, Plínio Valério e Styvensson Valentim pedem explicações ao ministro da Justiça sobre situação dos detidos
Senadores Eduardo Girão, Plínio Valério e Styvensson Valentim pedem explicações ao ministro da Justiça sobre situação dos detidos| Foto: Senado Federal

Após receberem dezenas de relatos e vídeos dos manifestantes que foram detidos por estarem acampados em frente ao QG do Exército e por serem acusados de atos de vandalismo, em Brasília, senadores e deputados federais cobraram explicações das autoridades sobre a situação dos detidos na Academia Nacional de Polícia.

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Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), Plínio Valério (PSDB-AM) e Styvenson Valentim (Podemos-RN) encaminharam nesta terça-feira (10) um ofício ao ministro da Justiça, Flávio Dino, pedindo informações sobre o número total de pessoas presas, se as pessoas estão tendo acesso aos advogados, com relação às crianças que estavam com os adultos detidos e foram levadas para o local, e ainda sobre as condições de higiene e alimentação.

No documento, os parlamentares repudiam "os atos absurdos, criminosos e de vandalismo que assolaram as instituições dos três poderes". "Os culpados devem ser punidos com todos os rigores da lei, devendo também ser-lhes assegurados todos os direitos garantidos", disseram."

Mas eles também demonstraram preocupação quanto à situação dos presos. "Não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo com as pessoas que estão sob custódia", disse o senador Girão.

Em pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados, na noite dessa segunda-feira (9), a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) citou uma série de violações aos direitos humanos que estariam sendo cometidas contra manifestantes detidos.

Após os relatos virem à tona, a Polícia Federal publicou um nota informando que todos os detidos “estão recebendo alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar), hidratação e atendimento médico quando necessário”.

A PF ainda afirmou na tarde desta terça-feira que, até agora, 527 pessoas foram presas e 599 foram liberadas “por questões humanitárias”, como “idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhados de crianças”. O balanço foi atualizado no período da noite e as prisões subiram para 727, de acordo com a corporação.

A parlamentar também chegou a afirmar que uma morte teria ocorrido no local, o que foi negado pela PF e pela família da idosa. A senhora citada morreu em outubro de 2022, de AVC, em um hospital do interior de São Paulo, segundo o jornal Extra.

Já Samia Bomfim (Psol-SP) afirmou que o poder público não está cometendo abusos contra os detidos e cobrou a responsabilização dos envolvidos nos atos de vandalismo.

“A gente precisa se basear nos dados oficiais extraídos pela PF e pelo Poder Judiciário. Não há notificações de abuso cometido pelo poder público. As pessoas estão sendo alimentadas, foram disponibilizados colchões e que muitos deles devem ser encaminhados para unidades prisionais. É muito importante que haja punição e responsabilização daqueles que invadiram os palácios dos poderes, depredaram, e que tinham uma intenção golpista muito clara", disse a deputada à CNN Brasil.

Além da deputada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também falou sobre a questão na posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Ao criticar os manifestantes, ele disse que os "detidos estão querendo que a prisão seja uma colônia de férias".

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