Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Sistema penitenciário

Após três fugas em 90 dias, presídio de Ponta Grossa ganha mais segurança

Unidade dos Campos Gerais abriga 350 homens em espaço projetado para receber 172 detentos

Vídeo | TV Paranaense
Vídeo (Foto: TV Paranaense)

Ponta Grossa – Muros altos, câmeras de segurança, mais duas guaritas e concertinas de proteção (cercas de arame) fazem parte do projeto de reforço na segurança do Presídio Hildebrando de Souza. Instalada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, a unidade registrou três fugas de presos nos três primeiros meses do ano, com a morte de um dos detentos. As obras começaram ontem e serão pagas pelo governo estadual.

A primeira providência é a instalação de 13 câmeras na ala nova da unidade, inaugurada ano passado. A colocação das câmeras começou ontem e até amanhã estará concluída. As câmeras são digitais e vão se somar às seis analógicas da ala antiga e ainda em funcionamento. As centrais serão colocadas no plantão e nas guaritas.

Também estão sendo instaladas concertinas nos dois solários e nas saídas de ar externas das celas. O equipamento é feito em aço de forma espiralada com lâminas pontiagudas – mesmo que o preso consiga cortar a grade, vai se ferir ao atingir a concertina. Elas também serão instaladas nas extremidades dos muros, deixando-os 70 centímetros mais altos.

O supervisor de obras da Polícia Civil do Paraná, José Carlos Marques Guimarães, não soube informar o valor do investimento no presídio. Ele adiantou que as obras devem estar concluídas em 40 dias. Depois da instalação das câmeras e da colocação das concertinas, serão erguidos os muros e construídas as guaritas.

"Tudo isso vai reduzir a possibilidade de fuga a zero", diz o delegado-chefe da 13.ª Subdivisão Policial, Noel Muchinski da Motta. No entanto, ele não desconsidera fatores que favorecem as fugas na unidade, como a superlotação – há 350 homens para 172 vagas –, o quadro reduzido de funcionários da segurança e as últimas reformas e ampliações no prédio, que tornaram a vigilância mais difícil.

A unidade foi inaugurada em 1986 e já registrou três grandes rebeliões. Neste ano, a situação se tornou mais preocupante com a fuga de 14 presos em três meses. A primeira ocorreu no feriado do ano-novo, a segunda no domingo de carnaval e a terceira no último dia 9 de março. Cinco detentos foram recapturados e um foi morto pela polícia ainda no terreno do presídio.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.