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Pesquisa

Aprovação de Lula volta a subir, aponta pesquisa

Avaliação sobre o governo caiu 2%, mas presidente segue em alta

Marisa Monte no palco do Teatro Guaíra, em Curitiba, em abril de 2006 | Pedro Serápio - Arquivo GP
Marisa Monte no palco do Teatro Guaíra, em Curitiba, em abril de 2006 (Foto: Pedro Serápio - Arquivo GP)

Brasília – A pesquisa CNT/ Sensus, divulgada ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra que houve uma queda de 2 pontos porcentuais na avaliação positiva do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação positiva passou de 49,5% em abril, para 47,5% em junho. Por outro lado, a avaliação regular subiu de 34,3% para 36,5% no mesmo período. A avaliação negativa ficou praticamente estável, com leve queda de 14,6% em abril para 14% em junho. A pesquisa foi realizada entre 18 e 22 de junho. A pesquisa foi realizada no período de 18 a 22 de junho, em 136 municípios de 24 estados. Foram feitas 2 mil entrevistas, e a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.

O diretor-presidente da Sensus, Ricardo Guedes, destacou que o resultado de junho continua sendo o segundo melhor para o governo desde a crise do mensalão, em junho de 2005. Já a aprovação do presidente Lula se manteve estável, dentro da margem de erro de 3 pontos (para cima ou para baixo). Em abril, 63,7% dos entrevistados aprovavam o presidente; em junho, essa taxa subiu para 64%. A desaprovação subiu de 28,2% para 29,8%. Os que não souberam ou não responderam somam 6,3% em junho, ante 8,2% em abril.

A pesquisa identificou que as denúncias sobre o suposto tráfico de influência no Executivo e Judiciário de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são conhecidas por 74,1% dos entrevistados. A pesquisa mostrou que entre os que têm acompanhado ou ouviram falar do episódio Vavá, 52,2% opinaram que o presidente Lula tinha conhecimento prévio da atuação do irmão, 38,7% consideraram que Lula não tinha conhecimento prévio e 9% não responderam ou não sabem.

Guedes comentou o fato de a avaliação do presidente não ter sido influenciada pela constatação de que, para os entrevistados, Lula sabia da atuação de Vavá. Segundo Guedes, o fato de o presidente ter conhecimento das atividades do irmão não significa para os entrevistados, participação do presidente. "O que mostra a popularidade do governo é o funcionamento da economia, os programas sociais e o carisma do presidente Lula", afirmou Guedes.

Nacionalismo

A pesquisa perguntou aos entrevistados da pesquisa de junho se eles têm orgulho de ser brasileiros: 91,1% dos entrevistados afirmaram positivamente e apenas 8% disseram que não. Entre os motivos apresentados pelos entrevistados para justificar o orgulho de ser brasileiro, os mais apontados foram riquezas naturais, a solidariedade do brasileiro, a ausência de guerra e as praias e belezas naturais.

O principal motivo para não se ter orgulho do Brasil foi a corrupção, com 41,3% dos votos, seguido pela violência, com 17 1% dos votos. A pobreza e a miséria foram apontadas por 12,7% dos entrevistados.

A pesquisa revelou que para 47,5% dos entrevistados, a política econômica do governo tem sido conduzida de forma adequada. Em agosto de 2006, quando a pesquisa fez a mesma pergunta, apenas 36% consideravam adequada a forma de condução de política econômica. A fatia dos entrevistados que consideram inadequada a condução da política econômica caiu de 46,3% (em agosto de 2006) para 40,6% em junho de 2007. A parcela dos que não sabem ou não responderam também caiu de 17,8% para 12%.

Reforma política

A pesquisa nacional CNT/Sensus constatou também que 46,8% dos entrevistados têm acompanhado ou ouviu falar na reforma política que está sendo discutida no Congresso Nacional, e 53,2% não têm acompanhado, não ouviram falar ou não responderam. A posição dos que têm acompanhado ou ouviram falar vai na contramão dos principais pontos da reforma política, como financiamento público exclusivo de campanha e o sistema de lista fechada de candidatos. A maioria não acredita que a reforma política venha a ser votada neste ano.

O Instituto Sensus perguntou se, no caso de adoção do sistema de lista, em qual partido o entrevistado votaria. O maior índice de respostas – 22% – foi a de que não votariam em nenhum partido, 21% não responderam. O partido que teve a preferência foi o PT, com 21,4%. O PMDB ficou em segundo lugar, com 10%. Esses dois partidos defendem a votação da reforma política e a inclusão da lista de candidatos e o financiamento público de campanha. O PSDB teve 7,7% das preferências; o PDT, em quarto lugar, ficou com 3,1%; o DEM aparece em quinto lugar, com 2,8%; em seguida, na preferência do entrevistado, vêm o PTB, com 1,9%; o PSol, com 1,8%; o PSB, com 1,7%; o PV, com 1,1%; o PC do B, com 1,0%; o PP com 0,9%; o PPS, com 0,9% também; o PR, com 0,5%, e outros partidos, com 2,2% no total.

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