Um homem ficou quatro dias internado depois de ter sido atacado por uma arraia às margens do Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu, região Oeste do estado. O engenheiro civil Marcos Guimarães caminhava pela beirada da praia artificial de um clube de pesca, quando sentiu uma ferroada no pé esquerdo. "Eu saí correndo da água, caí no chão, apertei o pé e começou a jorrar sangue", disse a vítima, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC TV.
O ferrão da arraia provocou uma perfuração de 15 centímetros no pé de Marcos, rasgando a pele. A dor é intensa, porque, além do ferimento provocado, a ferroada da arraia é venenosa. Para suportá-la, a vítima teve que tomar morfina e antibióticos.
O ataque da arraia causou um alerta porque aconteceu na parte rasa do lago. Além do clube de pesca onde o incidente ocorreu, outras dez praias artificiais também são banhadas pelo lago e frequentadas por turistas e moradores de Foz do Iguaçu e de cidades vizinhas. Desde o ano passado, 14 ataques de arraias a pessoas foram registrados na região. O presidente da colônia de pescadores, Fábio Kabroski, afirmou já ter acompanhado dez casos de pessoas que levaram ferroadas no lago.
De acordo com o médico veterinário Domingos Fernandez, as arraias são nativas da região e o ataque não indica que está havendo proliferação da espécie. Ele explica que os exemplares pequenos da espécie vão às margens do lago, porque se sentem protegidos pela água barrenta contra o ataque de predadores. As ferroadas acontecem por reflexo, quando são pisadas pelas pessoas. Por isso, a recomendação é de que as pessoas caminhem na água arrastando os pés. Em caso de ataque, para amenizar a dor, basta lavar o ferimento com água morna, o que neutraliza as toxinas liberadas pelo ferrão.
