São Paulo Em setembro passado, modelos excessivamente magras foram proibidas de participar num desfile de alta-costura em Madri, na Espanha, abrindo uma polêmica sobre as imagens esqueléticas das meninas nas passarelas da moda. A decisão de rejeitar modelos abaixo do peso foi tomada por conta da busca de meninas e mulheres jovens de tentar copiar a aparência das modelos e desenvolver transtornos alimentares, como a anorexia.
Representantes de agências de modelos, como a Elite de Nova Iorque, protestaram e disseram que a indústria da moda estava sendo usada como bode expiatório de doenças como a anorexia e a bulimia.
A semana de moda de Madri usou o índice de massa corporal, ou IMC baseado no peso e na altura para medir as modelos. A decisão foi seguida por outros países. Na Índia, o Ministério da Saúde anunciou que o país não quer garotas esquálidas desfilando nas passarelas e atuando como modelos para milhares de meninas que estão sem comer em busca de um perfil esbelto. O ministro Anbumani Ramadoss afirmou ao jornal The Times que muitas garotas nas cidades do país estão sofrendo de osteoporose devido à dieta insuficiente. A osteoporose é uma diminuição na massa e na densidade óssea que aumenta o risco de fraturas.
Uma recomendação para não usar modelos excessivamente magras foi dada na Grã-bretanha e, em Israel, alguns dos principais varejistas concordaram em não empregar modelos excessivamente magras para fazer sua publicidade, aderindo à campanha crescente para combater a anorexia no setor da moda.



