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Justiça

Assassino de Glauco pode ser solto em março deste ano

Prazo da internação compulsória do réu confesso em um hospital psiquiátrico será encerrado em março deste ano, quando um novo laudo psiquiátrico deve ser realizado

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, réu confesso do assassinato do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni, deverá ser solto em março deste ano.

Cadu foi condenado a cumprir regime de internação compulsória em um hospital psiquiátrico por três anos, com possibilidade de prorrogação, após ser considerado inimputável - ou seja, não responsável por seus atos.

Segundo a decisão, Cadu é esquizofrênico e, ao praticar o crime, estava "incapaz de entender o caráter ilícito do fato".

Com isso, o assassino deveria cumprir regime de internação compulsória em um hospital psiquiátrico por três anos, com possibilidade de prorrogação. O prazo será encerrado em março deste ano, quando um novo laudo psiquiátrico deve ser realizado, para verificar se o réu ainda representa perigo à sociedade.

Atualmente, Cadu está morando na Clínica de Repouso de Goiânia. Até outubro de 2012, o acusado cumpria a pena no Complexo Médico Penal, em Quatro Barras (região metropolitana de Curitiba). O pedido de transferência foi feito por sua família e autorizado pela Justiça do Paraná, com aval da Justiça de Goiás.

Até a tarde de hoje, o advogado de Cadu não foi localizado para comentar o caso.

Relembre o caso

Glauco e Raoni foram mortos na madrugada de 12 de março de 2010, quando Cadu invadiu o sítio onde a família das vítimas vivia, em Osasco (Grande SP). Pai e filho foram assassinados com quatro tiros cada um.

Cadu frequentava a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco em meados dos anos 90 e que segue os rituais do Santo Daime, incluindo a ingestão do chá de ayahuasca, planta alucinógena. O assassino se dizia um profeta e afirmava que sua missão era revelar ao mundo que seu irmão era a reencarnação de Jesus Cristo na Terra, motivo pelo qual foi à casa da família de Glauco naquela noite e acabou atirando no cartunista e no filho dele.

"Ele supunha operar um feito bíblico, movido por alucinações, visões, misticismo e, claro, por uma predisposição genética à esquizofrenia paranoide, a qual foi ganhando musculatura por conta do consumo imoderado de substâncias alucinógenas, do fanatismo religioso e da crença no sobrenatural", afirma o juiz federal Mateus de Freitas Cavalcanti Costa, na sentença.

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