A greve dos professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), deflagrada no início de fevereiro, chegou ao fim na manhã desta quarta-feira (18). A decisão foi tomada em uma assembleia conduzida pelo sindicato da categoria (Sindiprol), em que mais de 450 docentes estiveram presentes.
Na avaliação de Sílvia Alapanian, secretária do Sindiprol, a volta às aulas nas outras universidades estaduais enfraqueceu o movimento dos grevistas. “Mesmo sabendo que não conseguimos tudo o que queríamos, acabamos ficando sozinhos nesta luta. A deliberação do comando de greve foi pela suspensão da paralisação, e ninguém entre os que pediram a palavra durante a assembleia teve uma posição contrária”, declarou.
Durante a assembleia, representantes do Sindiprol apresentaram o ofício encaminhado pelo deputado da base governista Luiz Claudio Romanelli (PMDB) em resposta à pauta de reivindicações encaminhadas na semana passada.
Na sexta-feira (13) este documento foi formalizado pelo Sindiprol junto a Romanelli. Entre os pedidos da categoria estão o aumento de incentivos por titulação, convocação de funcionários já concursados para o trabalho e repasse de verbas de manutenção da UEL, além de outras questões como as mudanças na Paranáprevidência.
O pagamento do terço de férias – um dos estopins da greve – ainda é motivo de polêmica. Na semana passada os desembargadores da 2ª Câmara Cível do TJ acataram recurso do Sindiprol sobre o direito dos professores de receberem o abono antes de entrar em férias. Os desembargadores entenderam, por unanimidade, que o governo não poderia atrasar e nem parcelar o pagamento do terço de férias, que é um direito previsto na Constituição. Segundo nota divulgada pelo Sindiprol, o professor César Bessa, do curso de Direito da UEL, afirmou que a decisão “confirma que o governador do Estado cometeu ilícitos constitucionais com o não pagamento do terço de férias”.
Em entrevista à TV UEL, o presidente do Sindiprol, professor Renato Lima Barbosa, criticou o curto espaço de tempo dado pelo governo do Paraná para a discussão das mudanças a respeito da Paranáprevidência. O novo projeto deve ser apresentado em uma reunião com o sindicato, marcada para a próxima quinta-feira (19).
“Vai ser um tempo muito curto para conhecer estas propostas. A pressa para fazer essas mudanças é muito grande. O projeto vai ser apresentado na quinta feira, e o governo já tem a expectativa de que isso vire lei no próximo dia 25. Mesmo sem o ‘tratoraço’, o governo tem maioria na assembleia, e o que eles colocarem lá vai ser aprovado. O governo insiste nessas mudanças, e diz que é por conta da sustentabilidade. E nós perguntamos: sustentabilidade de quem? Da Paranáprevidência ou das contas do governo?”, questionou.
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