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Vídeo| Foto: Reprodução RPC TV

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM), vai divulgar nesta terça-feira (11) a conclusão e as medidas que a Casa irá tomar após o término da sindicância interna que investigou a denúncia de que Verônica Durau Rodrigues, sogra do ex-chefe de gabinete da prefeitura de Curitiba, Ezequias Moreira Rodrigues, seria uma "funcionária fantasma" da Assembléia.

Como adianta uma reportagem da Gazeta do Povo desta terça, a Assembléia vai entrar com uma ação na Justiça pedindo o ressarcimento dos salários recebidos entre 2001 e 2007 por Verônica Durau. Caso seja considerado que o salário atual bruto do cargo que ela ocupava era de R$ 3,4 mil, a estimativa é de que Verônica Durau tenha de devolver aos cofres públicos cerca de R$ 300 mil, sem contabilizar no cálculo, por exemplo, o terço de férias e os encargos sociais pagos pela Assembléia sobre seus vencimentos (cerca de 20% do salário de cada funcionário).

Apesar de ter sido nomeada para a Assembléia em 1996, a sindicância vai exigir a devolução dos valores referentes aos últimos sete anos, período posterior à saída do prefeito Beto Richa da Assembléia, onde foi deputado. Ou seja, ela terá de devolver os salários recebidos de janeiro de 2001 até julho deste ano, último mês completo em que ela foi funcionária da Casa antes de pedir exoneração.

"O relatório da comissão de sindicância é muito bom e seus membros realizaram um excelente trabalho com dados conclusivos", disse Justus. O presidente reiterou que vai se reunir com a Mesa Executiva para definir oficialmente as medidas que serão adotadas sobre o caso. "Também irei apresentar um relatório pessoal à Mesa, com base nos documentos que recebi, do que julgo ser necessário realizar. E espero que eles contribuam com a discussão".

Justus disse ainda que esteve presente no MP estadual, que também estava investigando o caso. "Não há segredos. O que nós apuramos na Casa, foi o mesmo que o MP apurou com base na documentação recebida e depoimentos prestados", disse. O documento será entregue ao MP nesta terça-feira.

Sindicância

A sindicância foi instaurada no dia 13 de agosto, após denúncias de que Verônica Durau, sogra do ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Curitiba, Ezequias Moreira Rodrigues, recebeu salário da Casa ao menos no ano de 2002 e em parte de 2003, mesmo sem nunca ter trabalhado na Assembléia Legislativa.

Após as denúncias, Ezequias Moreira Rodrigues pediu afastamento do cargo de chefe de gabinete da Prefeitura de Curitiba. No seu lugar assumiu o advogado José Carlos Campos Hidalgo, que vinha exercendo a função de diretor de Governo, da Secretaria do Governo Municipal.

Além do presidente do Legislativo, a comissão de sindicância teve a participação dos deputados Alexandre Khury (PMDB) e Antônio Anibelli (PMDB), do procurador-geral da Casa, Airton Loyola, do diretor-geral, Abib Miguel, e do diretor-geral do departamento de Recursos Humanos, Cláudio Marques da Silva.

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