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Enquanto o Ministério Público do Paraná não nomeia um interventor, a Associação Filantrópica Tia Leoni, em São José dos Pinhais, região Metropolitana de Curitiba, ficará sob a responsabilidade da prefeitura. Nesta quarta-feira o Bom Dia Paraná mostrou imagens de uma ação da Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e polícias Civil e Militar que fechou a instituição, acusada de cárcere privado, maus-tratos e desrespeito ao Estatuto do Idoso.

A proprietária da instituição, Deamir Farias, de 57 anos, foi presa em flagrante junto com a filha, Andréa Esteves Martins, 24, e seu irmão, Jamir Francisco Farias, 50. "As duas já foram encaminhadas para o presídio feminino em Piraquara. Jamir continua preso na delegacia. Todos serão indiciados por cárcere privado e maus-tratos, já que mantinham os idosos trancados e amontoados em quartos pequenos e sem as mínimas condições", afirmou o superintendente da Polícia Civil de São José dos Pinhais, Altair Ferreira.

Ao todo eram 62 internos que estavam na instituição. Depois de uma denúncia feita pela filha de um dos internos ao Ministério Público, na terça-feira, a ação foi organizada e ocorreu durante a noite, horário em que os idosos e deficientes mentais eram supostamente agredidos. "Nas fiscalizações que a prefeitura fazia, a realidade era maquiada pelos proprietários. Quando eles iam visitar os familiares, tudo era limpo e bem arrumado, mas na verdade eles viviam numa realidade diferente", explicou o secretário de governo da prefeitura, Aldrian Cortes Matoso.

O promotor de Justiça, Divonsir Borges, disse que a promotoria está aguardando a emissão de um relatório da Vigilância Sanitária para tomar as medidas necessárias. Segundo a assessoria de imprensa do MP, uma ação civil pública será instaurada para pedir a cassação do alvará de funcionamento da instituição, a cessação das atividades da casa e a nomeação de um interventor para cuidar da "Tia Leoni".

O representante da prefeitura disse que o relatório deve ficar pronto em breve. "Queremos enviar o relatório ainda hoje (quarta). Enquanto isso, a prefeitura estará tomando conta dos internos. Já providenciamos médicos e psiquiatras, servimos todas as refeições que eles estão acostumados a comer e demos todos os remédios. Vamos ficar aqui até a situação se resolver, mas fazemos um apelo para que as famílias venham buscar seus parentes para diminuir o sofrimento deles", disse Matoso.

Peritos do Instituto de Criminalística também foram ao local para começar as perícias necessárias. "Os donos estão autuados e temos 10 dias para encerrar o inquérito. Vamos fazer algumas investigações para saber se alguns parentes tinham conhecimento das agressões e, se positivo, vamos autuá-los também. Por fim, ouviremos alguns dos internos para colhermos mais informações que ajudem a comprovar os crimes cometidos na casa", concluiu o superintendente Ferreira.

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