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Até na Antártida Brasil é folião

Em pleno sábado de carnaval, enquanto milhões de brasileiros tomavam as ruas para aproveitar a folia, o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel iniciava no porto de Punta Arenas, no Chile, a última viagem rumo à Antártida, a 32.ª segunda organizada pelo Brasil.

Além dos 85 membros da tripulação, pelo menos outras 160 pessoas, entre cientistas e pesquisadores, não tiveram descanso nem no carnaval. São eles os responsáveis por tocar as pesquisas brasileiras na Antártida.

O período útil de trabalho no continente gelado se aproxima do fim -as viagens são interrompidas com o fim do verão. Todos se dedicam em um último esforço para terminar os projetos, antes que o gelo e as baixas temperaturas inviabilizem as atividades na região do Polo Sul.

Além da Estação Antártica Comandante Ferraz, as pesquisas brasileiras acontecem também em dois navios oceanográficos de pesquisa polar, além de acampamentos espalhados pelo continente gelado e no módulo de pesquisa Criosfera 1.

"Dá um certo aperto no coração pensar em como está o carnaval em Olinda’’, brincou o meteorologista da embarcação, Carlos André de Araújo Moreira, pernambucano e fã de frevo. "Estar na Antártida sempre foi um sonho para mim. Mas era uma alegria o Galo da Madrugada...’’, completou.

Com transmissão de dados via internet bastante limitada e sem televisão a cabo, os brasileiros nos navios se viram como podem para matar o tempo e esquecer festas como a do carnaval.

Travessia

A alegria, no entanto, foi logo dando espaço para a preocupação com a temida travessia do Drake. A navegação nesse estreito, a junção das águas do Atlântico Sul e do Pacífico, é considerada uma das piores do mundo, com ondas que podem passar dos dez metros de altura.

Para quem já estava na Antártida, no entanto, as condições foram um pouco melhores. Os canais brasileiros por TV a cabo, permitiram que o grupo em Ferraz acompanhasse o carnaval brasileiro mais de perto.

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