
O atendimento no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, deverá voltar ao normal na próxima segunda-feira. Ontem pela manhã, o presidente do Sindtest (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba, RMC e Litoral), José Carlos Belotto, disse que vai cumprir a ordem judicial que determina a volta dos servidores técnico-administrativos do hospital ao trabalho. A decisão da juíza Giovanna Mayer, da 7.ª Vara Federal, foi expedida na tarde de quarta-feira.
A greve começou no dia 28 de maio e prejudicou o atendimento em setores críticos do HC, como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o serviço de Pronto-Atendimento. O descumprimento da decisão pode acarretar uma multa de R$ 2 mil aos dirigentes sindicais.
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Ontem à tarde, o Sindtest emitiu uma nota oficial em que acusa a direção do HC de ter iniciado "uma contínua manifestação na imprensa responsabilizando os servidores pelas deficiências no atendimento do hospital." Segundo a nota, foi firmado um acordo entre dirigentes sindicais e o HC, no dia 28 de maio, para que pelo menos 50% dos funcionários fossem mantidos no trabalho. O Sindtest lembra ainda que cerca de 300 servidores estavam em licença em maio, devido à "pressão física e psicológica."
Por meio de sua assessoria, o HC informou que só poderá avaliar a volta ao trabalho na segunda-feira, já que o hospital vem funcionando em regime de plantão no feriado. Segundo a assessoria, durante a greve o número de internações caiu 30%: dos 400 leitos ativos, só 277 estavam sendo usados na última quinta-feira. O número de cirurgias, que varia de 35 a 40 em dias normais, caiu para de 15 a 20, ou seja, cerca de 200 intervenções deixaram de ser realizadas.



