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Ato contra o impeachment bloqueia Contorno Sul em Curitiba por 2 horas

São Paulo e Rio de Janeiro também têm atos nesta quinta-feira (28)

Manifestantes queimaram pneus para bloquear rodovia | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Manifestantes queimaram pneus para bloquear rodovia (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento Popular por Moradia (MPM) protestaram na BR-376, perto do bairro Sabará, no Contorno Sul em Curitiba, contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O ato começou por volta das 8 horas desta quinta-feira (28) e bloqueou os dois sentidos da rodovia. O protesto, que durou até perto das 10 horas, faz parte de uma agenda nacional de mobilização do movimento que ocorre em aproximadamente outras 30 rodovias em nove estados do país.

A estimativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é de que cerca de 200 pessoas tenham participado da manifestação. A organização estima que 400 pessoas fizeram parte do protesto.Bombeiros foram ao locar remover os detritos da pista , já que os manifestantes queimaram pneus para bloquear a rodovia. A pista sentido Ponta Grossa foi completamente liberada às 9h55. Já a pista sentido São José dos Pinhais liberada às 10h15.

Segundo o movimento, o protesto também pedia a manutenção dos programas sociais do governo. “A gente quer manter as políticas sociais que beneficiam a parte mais carente da população”, afirmou Paulo Roberto dos Santos, integrante do movimento. Segundo ele, o ato foi importante para que o movimento pudesse marcar posição sobre a crise política que está ocorrendo no país. “Lutamos pela garantia e respeito às normalidades democráticas e pelo não retrocesso das conquistas sociais”, relata Santos.

A PRF estima que perto das 9h30 horas o congestionamento em ambos os sentidos da rodovia chegou a 8 quilômetros.

Em nota, o MTST afirma que “o processo de impeachment constitui um golpe institucional”. “Por isso é necessário defender a democracia com o povo na rua. Em Curitiba o MPM/MTST faz resistência à interferência abusiva do judiciário, em especial do juiz Sergio Moro”, diz a nota. Além disso o movimento acredita que os direitos sociais estariam “ameaçados pela agenda de retrocessos apresentada por Michel Temer caso assuma a presidência”.

No Brasil

Só em São Paulo, são 14 pontos de interdição, o maior deles nos sentidos lados da Rodovia Regis Bitencourt (Rodoanel), na altura de Taboão da Serra. Pneus e sacos de lixo foram queimados e o trânsito, interditado nos dois sentidos, provoca lentidão no trânsito da cidade. No Rio de Janeiro, os alvos são a entrada da ponte Rio-Niterói na BR 101 e Avenida Brasil, próximo a São Cristóvão.

Ainda na cidade de São Paulo, os manifestantes fecharam a pista local da Marginal Tietê, próximo ao Sambódromo, Zona Norte. Há bloqueio no Morumbi, Zona Sul, na Avenida Giovanni Gronchi. Duas pistas da rodovia Rodovia Raposo Tavares também foram fechadas.

No Rio de Janeiro, cerca de 80 pessoas do movimento, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), atearam fogo em pneus, interditando a pista sentido Niterói na altura do estaleiro Aliança. A interdição provocou um congestionamento de aproximadamente três quilômetros com reflexos na Rodovia Niterói-Manilha.

O MTST protesta ainda em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará, Pernambuco e Distrito Federal. Os protestos são semelhantes em todo o país, com manifestantes segurando faixas e ateando fogo em pneus nas vias para impedir o tráfego de veículos.

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