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A escola Paulina Borsari foi reformada e ampliada, mas ainda não recebeu todas as carteiras. Enquanto isso, outras aguardam outros reparos. | Priscila Forone/ Henry Milleo/Gazeta do Povo
A escola Paulina Borsari foi reformada e ampliada, mas ainda não recebeu todas as carteiras. Enquanto isso, outras aguardam outros reparos.| Foto: Priscila Forone/ Henry Milleo/Gazeta do Povo

Hoje, 1, 4 milhão de estudantes voltam às aulas nas escolas públicas do Paraná. Das 2,1 mil escolas estaduais que retomam as atividades, nem todas estão com a estrutura física pronta para receber os alunos. Entre as 450 que estão em reforma, quatro serão reformadas no início do semestre letivo e os alunos terão de ser relocados para outros locais. As reformas duram um ano, em média, e nesse período as aulas ocorrerão em locais alugados pelo governo. É o caso das escolas estaduais São Francisco de Assis, em Ivatuba, Malvina de Oliveira, em Porecatu, Ayrton Senna, em Foz do Iguaçu, e Celestina Maria, em Cruzeiro do Sul.

De acordo com a diretora de administração escolar da Secretaria Estadual de Educação, Ana Lúcia Schulhan, algumas escolas iniciaram reformas no ano passado e terminam no primeiro semestre. "O ano de 2008 foi excepcional. Tivemos muitas reformas e ampliações nas escolas", diz. Ela explica que, quando os alunos precisam ser relocados, o governo do estado fornece transporte escolar para os alunos que moram longe do local temporário. Ana Lúcia diz que em fevereiro mais escolas passarão por reformas, mas que os transtornos causados pelas obras não vão atrapalhar as aulas.

Na Escola Estadual Beatriz Faria Ansay, em Curitiba, a reforma começou em 2003 e ainda não foi concluída. A previsão era para março, mas segundo o diretor da escola, Manuel Pereira, a conclusão só será em agosto. Ela funciona num prédio alugado e durante esse tempo aumentou a evasão e a atuação de gangues. A comunidade solicitou câmeras de segurança, pois até alguns professores pediram transferência. "Depois que as câmeras chegaram e fizeram muros altos, tudo melhorou", conta Pereira. Os estudantes ainda estão apertados no local, que conta com 12 salas. Na escola em reforma, serão 16 salas.

Falta carteira

Em outras escolas a reforma foi mais rápida, mas os alunos ainda terão de conviver com obras no primeiro semestre letivo. É o caso da Escola Paulina Borsari, ampliada e reformada, mas que ainda aguarda a construção de uma cancha de esportes coberta. "Esperamos por anos a reforma no colégio. Agora aguardamos 50 carteiras para os alunos do ensino médio que vão chegar, pois só temos as pequenas dos alunos menores", diz a diretora Vilma Tissot de Bastos. Segundo ela, a escola ganhou quatro salas novas, biblioteca, cozinha e laboratório de ciências, mas não há previsão para a chegada das carteiras.

O superintendente de desenvolvimento da Secretaria Estadual de Educação, Luciano Mendes, explica que no ano passado foram enviados diretamente para as escolas R$ 70 milhões para pequenas reformas. "É inadmissível que no começo do ano exista um vidro quebrado, uma lâmpada queimada ou um telefone estragado em qualquer escola. Se isso acontece, é problema de cada diretor que não está comprometido, pois enviamos recurso mensalmente para essas pequenas despesas", diz.

A substituição de professores só acontece após o início do semestre, pois as novas contratações têm de ser feitas pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS). Para o primeiro semestre são 240 mil vagas no Paraná, além dos 9 mil professores que foram chamados agora por concurso público. "Todos os docentes têm de se apresentar na primeira semana de aula. Só depois é que podem pedir aposentadoria ou licença. Aí entra o substituto chamado pelo PSS", explica Ana Lúcia. Mas há outro problema. "Às vezes demora para o professor entrar em sala porque muitos não aceitam dar aulas nos locais mais longe, nas escolas das regiões mais pobres", comenta.

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