
As aulas devem voltar ao normal hoje nos colégios estaduais e municipais de Curitiba depois de um dia tumultuado ontem, marcado por paralisação e protestos. Das 168 escolas estaduais da capital, 66 (39%) fizeram aulas de 30 minutos ao invés de 50. Os alunos foram liberados mais cedo e, no restante do tempo, os professores se reuniram para debater uma pauta de reivindicações. Na rede municipal, pouco mais da metade das escolas (57%) paralisaram as atividades em Curitiba 97 das 171 escolas. Com isso, 43.204 dos 110.784 alunos ficaram sem aulas.
Cerca de 3 mil professores da rede municipal, segundo estimativas da Diretoria de Trânsito de Curitiba, tomaram as ruas do Centro, ontem, para pedir 25,23% de reposição salarial referente a perdas da inflação desde 1999 e igualdade nas docências, entre outras reivindicações. Os professores saíram da Praça Santos Andrade e caminharam até a sede da prefeitura, no Centro Cívico.
Lá, representantes do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) foram recebidos por uma comissão da prefeitura liderada pelo secretário de Recursos Humanos, Arnaldo Bertone, e pela secretária de Educação, Eleonora Fruet.
"Não obtivemos avanços concretos na negociação. Por isso decidimos permanecer em estado de greve", afirma a vice-presidente do Sismmac, Simeri Ribas Calisto. "Até 15 de maio vamos estudar a possibilidade de igualar as docências", diz Bertone. Hoje, professores com nível superior recebem salários diferentes. Em relação ao pedido de reposição de 25,23%, a prefeitura não reconhece o porcentual.
Já a APP-Sindicato, entidade que representa os professores estaduais, planeja fazer uma paralisação no próximo dia 25. Contudo, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação, a reposição salarial de perdas da inflação desde 2004 já está sendo negociada com a categoria. Estima-se que o porcentual de reajuste fique em torno de 15%.



