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As desigualdades sociais se agravaram entre brancos e negros na última década. É o que mostra a análise da Sínteses de Índices Sociais, baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de freqüência das pessoas de cor preta e parda às instituições de ensino superior não alcançou, em 2007, o patamar que os brancos tinham dez anos antes. A diferença a favor dos brancos, em vez de diminuir, aumentou nesse período: em 1997, era 9,6 pontos porcentuais aos 21 anos de idade, enquanto em 2007 esta diferença saltou para 15,8 pontos porcentuais.

O pesquisador do IBGE José Luís Petruccelli recordou que, embora o número de pessoas que se consideram negras ou pardas represente quase metade da população, esse índice não se reflete no acesso aos bens e serviços na sociedade brasileira.

Ele acredita que os programas sociais e as políticas de cotas para diminuir as desigualdades raciais não têm surtido efeito. O dado revela que a desigualdade em termos de apropriação de usufruto de um bem escasso, como é o ensino universitário, está sendo cada vez maior, com vantagens por parte dos brancos sobre os grupos de pretos e pardos.

Em 1997, um a cada dez brancos (9,6%) tinha nível superior completo. Essa proporção era de um para cada 50 (2,2%) entre os de cor preta e parda. Em 2007, esses percentuais são de 13,4% e 4% respectivamente. O hiato entre os

dois grupos também aumentou, pois era de 7,4 pontos percentuais em 1997 e passou para 9,4 pontos percentuais em 2007, revelou Petruccelli.

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