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r$ 4,25

Aumento da passagem do ônibus de Curitiba será alvo de inquérito do MP

Procedimento foi instaurado pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor após pedido feito pelo deputado Ney Leprevost

Novo valor vigora desde o último dia 6 de fevereiro, mas aumento ainda é alvo de questionamentos | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Novo valor vigora desde o último dia 6 de fevereiro, mas aumento ainda é alvo de questionamentos (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu inquérito para investigar o reajuste da passagem do ônibus de Curitiba. Desde 6 de fevereiro, a tarifa passou de R$ 3,70 para R$ 4,25. O procedimento foi aberto em resposta a um pedido do deputado Ney Leprevost (PSD), candidato à prefeitura de Curitiba derrotado por Rafael Greca (PMN) na última eleição municipal.

O pedido de Leprevost foi recebido pelo MP-PR dia 14 de fevereiro. No dia 20, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba decidiu instaurar o procedimento. A divulgação sobre o inquérito foi feita pela assessoria do próprio deputado nesta quarta-feira (1º).

Segundo Leprevost, a investigação pede ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) dados que justifiquem o pedido de suspensão do reajuste feito pela corte. A liminar que derrubava o reajuste foi cassada depois que a Procuradoria-Geral do Município ingressou com ação na Justiça para derrubar a medida. O MP-PR também teria dado prazo de 15 dias para que a Urbs - empresa municipal que gerencia o transporte público - apresentasse o procedimento que determinou o aumento da tarifa.

O MP-PR foi procurado para comentar o assunto na manhã desta quarta-feira, mas o expediente do órgão só será retomado a partir das 13h30 por causa da Quarta-feira de Cinzas.

Leprevost argumenta que a tarifa a R$ 4,25 onera demais as pessoas mais pobres. “O reajuste transforma-se em convite ao desemprego do ponto de vista dos empresários, que têm a responsabilidade de arcar com o vale transporte para os funcionários. O preço aumentou antes de a frota sucateada sequer começar a ser substituída. Os ônibus demoram a chegar e continuam inseguros”, disse o deputado no comunicado enviado à imprensa.

Greca

Greca tem usado as redes sociais para defender o aumento da tarifa do ônibus como uma forma de equilibrar as contas do sistema e recuperar a capacidade de investimento. Curitiba não tem a compra de novos ônibus desde 2012, quando as empresas conseguiram na Justiça liminar que as desobrigava a renovar a frota – conforme prevê o contrato – até que o mérito das discussões judiciais com a prefeitura seja julgado. Município e empresários ocupam lados opostos em, pelo menos, nove ações que correm na Justiça.

Segundo o prefeito, com a nova tarifa, os empresários poderão retomar a renovação da frota. As empresas, porém, ainda não se manifestaram sobre isso porque a tarifa que as remunera, a chamada tarifa técnica, ainda não foi definida pelo prefeito.

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