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Aproximadamente 50 famílias que moram na área desde 2001 querem regularização dos lotes | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Aproximadamente 50 famílias que moram na área desde 2001 querem regularização dos lotes| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Após quatro horas de bloqueio por conta de uma manifestação, foi liberada a Avenida Rui Barbosa, próximo ao viaduto da BR-277, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A via foi desbloqueada por por volta das 12h desta quinta-feira (2), segundo a Polícia Militar (PM). O local estava fechado por moradores desde o início da manhã, formando uma fila de cerca de dois quilômetros.

Cerca de 100 moradores do Jardim Itaqui, em São José dos Pinhais, organizaram o bloqueio para protestar contra as condições precárias de moradia. Aproximadamente 50 famílias moram na área desde 2001 e, agora, buscam por uma regularização dos lotes ou uma relocação, explicou a organizadora do protesto, Joseane de Oliveira Denirski.

No fim desta manhã, parte do grupo foi recebido por representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São José dos Pinhais para discutir um acordo. O terreno é do governo estadual e foi adquirido em 1995. Em 1998, o local foi decretado área de preservação ambiental, para conservar locais próximos ao Rio Itaqui. Com isso, as reivindicações também serão tratadas com o estado. "Fomos recebidos por uma comissão da prefeitura e assinamos um pedido com nossas reivindicações. Agora, vamos aguardar até 15 dias para receber uma resposta juntamente ao governo estadual", afirmou Joseane.

Uma equipe do 17º Batalhão da Polícia Militar (BPM) acompanhou todo o protesto. Os manifestantes liberaram o trânsito esporadicamente para não provocar muito prejuízo aos motoristas. O sargento do 17º BPM, Joel Cardoso, informou que no fim do bloqueio, havia 10 ou 15 pessoas no local. "A paralisação foi pacífica desde o início. Somente o congestionamento atrapalhou o trânsito mesmo", disse.

Joseane sabe que as moradias onde os manifestantes moram são irregulares, mas afirma que os habitantes do local teriam sido vítimas de dois estelionatários, que venderam os mais de 50 lotes por cerca de R$ 15 mil cada. "Sabemos que a ocupação é irregular, mas precisamos de um posicionamento do governo sobre o que fazer", disse a moradora.

Segundo ela, qualquer tipo de reivindicação que os moradores fazem, seja a de instalação de infra-estrutura básica, numeração das casas, criação de CEP, e até mesmo dos serviços de segurança pública, é negada, sob a justificativa de que eles são ‘invasores’. "Mas não temos resposta nenhuma do governo sobre a regularização da área ou nossa relocação", contou.

Em junho deste ano, os moradores protestaram contra a Mineradora Saara, que extraía areia do terreno. Segundo Joseane, houve acordo com a empresa, e não há mais extração.

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