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Renato Scarante e suas fotos do Rio Iguaçu: sonho antigo realizado | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Renato Scarante e suas fotos do Rio Iguaçu: sonho antigo realizado| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Entre 14 e 19 de março, Renato Scarante, 69 anos, percorreu um trecho de quase 200 quilômetros do Rio Iguaçu, entre Porto Amazonas e Porto Vitória. Fez o trajeto com um barco de alumínio, sem motor, alguma comida e uma máquina fotográfica. A aventura era um sonho antigo. Quando criança, em Porto Ama­zonas, Scarante se imaginava nos vapores que faziam o vaievém de madeira, alimentos e outras iguarias entre uma ponta e outra do Iguaçu.

Em 50 anos mudou muita coisa. O rio, que ele conhecia dos seus tempos de menino, transformou-se. Os grandes vapores deixaram de circular. O Iguaçu ficou mais tranquilo, mas nem por isso mais limpo. "Quando chove e o rio está alto, vai muita sujeira", diz o homem que foi de pedreiro a garçom e hoje é agricultor, militante do meio am­­­biente e aventureiro. Um dos si­­­nais de que o Iguaçu mudou está na habitação nas suas margens. As comunidades ribeirinhas rarearam. "Antes muita gente vivia do rio. Hoje quase não se vê. É porque o peixe diminuiu", diz ele.

Scarante também já percorreu o Rio Negro, entre Mafra e Paula Pereira, em Santa Catarina, e faz outras pequenas incursões no Iguaçu. "Junto com o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Força Verde e Bombeiros fazemos limpeza do rio. Saímos com 20, 30 barcos tirando todo lixo que é possível tirar", afirma Scarante.

Uma nova aventura no Igua­çu está sendo planejada, dessa vez com um novo barco, ainda menor. "Vejo muitas coisas que as pessoas não veem", diz Sca­rante, que quer passar suas experiências para os Bombeiros e ONGs ligadas ao meio ambiente. "A intenção é mostrar a importância e a história do Rio, que merece ser preservado."

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