
Com um custo de US$ 50 milhões, o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) entrou em operação ontem na região de Foz do Iguaçu dois anos e meio depois de ser apresentado pelo governo federal como alternativa de ponta para patrulhar as fronteiras. A aeronave sem piloto, que capta imagens nítidas (fotos e vídeos) noturnas e diurnas de uma altitude de 30 mil pés (10 km), é considerada uma ferramenta de última geração para apertar o cerco ao tráfico de drogas e contrabando na área do Brasil, Paraguai e Argentina. O veículo tem autonomia de 37 horas e voa até 1,5 mil quilômetros de distância da base.
Fabricado em Israel, o avião espião começou a ser testado em outubro e opera a partir de uma base instalada em São Miguel do Iguaçu, a 40 quilômetros de Foz do Iguaçu. A base irá receber outros dois aviões já adquiridos pelo governo um deles deve chegar em curto prazo.
Interceptações
Policiais especializados monitoram os movimentos do Vant, que envia em tempo real imagens para o centro de operações terrestre. A partir das informações obtidas, é possível mobilizar agentes para fazer interceptações em rodovias e no Lago de Itaipu. A Polícia Federal (PF) é a primeira corporação do mundo a usar o Vant, antes restrito ao uso de forças militares. A aeronave vai operar durante a Copa do Mundo e a Olimpíada no Brasil.
O governo federal pretende instalar quatro bases no país para operar com o Vant, duas nas fronteiras, incluíndo a de São Miguel, uma na Amazônia e uma quarta em Brasília. Cada posto terá três aeronaves, sendo que uma ficará em manutenção. O custo unitário das bases com três aeronaves é US$ 50 mil, valor que também inclui capacitação de agentes, peças e transferência de tecnologia.



