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O HU de Londrina ainda não realiza o teste que identifica a bactéria em duas horas | Gilberto Abelha / Jornal de Londrina
O HU de Londrina ainda não realiza o teste que identifica a bactéria em duas horas| Foto: Gilberto Abelha / Jornal de Londrina

A bactéria multirresistente Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), responsável por fechamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em vários estados há alguns meses, ainda não foi totalmente controlada no Paraná. Ontem, a UTI 1 do Hospital Universitário (HU) de Londrina, que ainda não tinha apresentado contaminação, foi fechada após a infecção de seis pacientes. A UTI 1 tem capacidade para 10 leitos.

A cidade continua sendo a maior responsável pelos casos no Paraná. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, das 357 contaminações confirmadas no ano passado, 340 foram em Londrina. Atualmente o HU tem 35 pacientes contaminados. Os infectados eram encaminhados para a UTI 2, com capacidade para sete leitos, mas todas as vagas estão ocupadas. Com isso, a UTI 1 foi fechada.

A KPC é chamada de multirresistente porque não responde ao tratamento com antibióticos convencionais. Em julho de 2010, o pronto-socorro do HU te­­ve o atendimento a pacientes restrito por causa da presença da bactéria. A superintendente do HU, Mar­­garida Carvalho, considera normal o número de contaminados e diz que a situação está sob controle. Segundo ela, não há risco de restrição no atendimento do pronto-socorro, como no ano passado.

Restrição

Na terça-feira, o diretor clínico em exercício do HU, José Roberto de Almeida, encaminhou ofício à central de leitos do estado informando que o hospital estava impossibilitado de receber novos pacientes por causa da presença da KPC nas duas UTIs. De acordo com Margarida, a restrição vale para pacientes que realizaram cirurgias eletivas de grande porte, pacientes com traumas de acidentes e pacientes graves de outros hospitais.

A restrição deve ocorrer até que os pacientes da UTI 1 recebam alta e liberem os leitos. A superintendente do HU informou que os outros dois pacientes internados na mesma unidade passam por monitoramento contínuo. Segundo Margarida, 11 pacientes estão na fila à espera de um leito.

Mesmo com os fechamentos das unidades, o HU ainda não realiza o teste rápido de DNA, que já chegou ao Brasil, para tornar mais ágil a identificação da KPC. Mar­­garida Carvalho explicou que todo paciente que entra no pronto-socorro ou na UTI do hospital passa pelo exame que identifica a presença da bactéria, cujo resultado é conhecido em 48 horas. Até que a infecção seja confirmada ou não, o paciente é considerado contaminado e permanece isolado. Se fosse usado o teste rápido, o resultado seria conhecido em duas horas.

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