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A balsa que faz a travessia entre Cerro Azul e Doutor Ulysses, cidades do Vale do Ribeira, voltou a operar na manhã desta terça-feira (13). A embarcação – que pertence à prefeitura de Cerro Azul – foi retirada da água para passar por manutenção. A estrutura tinha fissuras que poderiam fazer o equipamento afundar. Essa balsa tem sido utilizada no Rio Ribeira desde o fim de julho, quando a ponte que havia entre os municípios foi destruída por causa do grande volume de chuva.

A expectativa inicial do coordenador da Defesa Civil do município de Cerro Azul, José Nunes do Nascimento Neto, era de que a balsa voltaria a funcionar somente no fim da tarde desta terça-feira ou na quarta-feira (14). Porém, os trabalhos foram rápidos e o serviço voltou a atender à população por volta das 10h.

O coordenador da Defesa Civil do município explicou que a balsa sofreu avarias porque não possui estrutura para trabalhar por tanto tempo. "Estamos usando esse equipamento há um bom tempo e antes utilizavamos somente para pequenos períodos e sem grandes esforços". José Nunes disse que a travessia, apesar de ser lenta, voltou ao normal na região.

Com capacidade para transportar dois veículos em cada travessia, a balsa é o meio mais rápido para que os moradores de Cerro Azul, que residem nas localidades após a ponte, e a população de Doutor Ulysses consigam trafegar para Curitiba.

O tempo de espera para fazer a travessia – quando a fila é grande – chega a seis horas, de acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, José Dalla Vecchia.

Com a falta da ponte e também da balsa, os moradores de Doutor Ulysses precisam desviar por Jaguariaíva, nos Campos Gerais, Itapirapuã Paulista (em São Paulo), ou pela Estrada da Ribeirinha, via Rio Branco do Sul, para chegarem a Curitiba.

Nos dois primeiros é necessário percorrer cerca de 300 quilômetros e no terceiro, 170 quilômetros. "Com a ponte, tínhamos de percorrer cerca de 130 quilômetros para chegar em Curitiba", afirmou Dalla Vecchia.

Nova balsa

O governo do Paraná firmou contrato com a empresa F. Andreis para que uma balsa maior faça a travessia pelo Rio Ribeira entre as duas cidades. A embarcação foi desmontada e transportada até Cerro Azul. Na cidade, a empresa fará a remontagem da estrutura. Quando a montagem estiver finalizada pela F. Andreis, a Capitania dos Portos do Paraná fará a vistoria da balsa para autorizar a utilização do equipamento.

A nova balsa poderá transportar oito veículos ou três caminhões, além de pedestres. A inspeção está marcada para a quinta-feira (15), porém, ainda não se sabe quando poderá ser utilizada pelos moradores de Doutor Ulysses. "Há um barranco muito alto em Doutor Ulysses e será necessário construir uma trapiche para o embarque e desembarque. Dificilmente essa estrutura ficará pronta na quinta-feira (15)", afirmou José Dalla Vecchia, coordenador da Defesa Civil de Doutor Ulysses.

De acordo com o coordenador da defesa civil de Cerro Azul, a nova balsa depende também da avaliação da Capitania dos Portos sobre qual o local exato para ocorrer o funcionamento do sistema de transporte. "A estrutura vai precisar de cabos de aço para ser sustentada, o que também depende da vistoria", afirmou José Nunes.

Segundo a Capitania dos Portos do Paraná, a vistoria está pronta para ser feita na quinta-feira, quando sairá o resultado da inspeção e a possível liberação da estrutura para uso. Ainda de acordo com a Capitania, para que ocorresse, a vistoria dependia da finalização dos trabalhos da F. Andreis, de construção e montagem da balsa em Cerro Azul. A vistoria é necessária para garantir a segurança dos usuários do equipamento.

O contrato firmado pelo governo com a F. Andreis (balsa e tripulação) terá o custo de R$ 362 mil e tem prazo de seis meses. Nesse prazo deve ser construída uma nova ponte. O projeto já está em andamento, segundo o governo do Paraná. "Não sabemos se a ponte ficará pronta nesse prazo. Pode ser que o governo do estado tenha de fazer um novo contrato (com a F. Andreis)", disse Dalla Vecchia.

A balsa da prefeitura de Cerro Azul continuará operando mesmo com a nova balsa da F. Andreis.

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