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Bandidos armados invadiram na noite desta quinta feira o Centro de Treinamento de Tiro da Companhia Brasileira de Cartuchos, em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. A entrada do centro, anexo à da fábrica de armamentos, é separada da portaria da indústria.

Os assaltantes caminharam cerca de um quilômetro em uma mata para chegar ao local, após invadir uma fazenda. Por volta de 19h, parte do grupo chegou a pé e rendeu o vigia.

O segurança teria sido obrigado a digitar a senha para que o bando chegasse à sala onde estavam as armas.

Em seguida chegou um veículo, no qual as armas roubadas foram levadas. A informação inicial é de que foram levadas pelo menos 40 pistolas, 14 fuzis e carregadores. O número, porém, pode ser maior, já que um inventário está em andamento. Além disso, há a suspeita de que os bandidos também tenham levado uma grande quantidade de munição.

Os criminosos ficaram no local por uma hora e meia. De acordo com a polícia, eles entraram e saíram pelos fundos da fábrica. A polícia investiga ainda se os bandidos usaram um ponto que fica em uma favela próxima para chegar à trilha que leva ao terreno do centro de treinamento

O Centro de Tiro é usado para treinar policiais e seguranças particulares.

Mais de 200 policiais civis e militares em 85 carros tentam recuperar o armamento roubado. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, acompanhou os trabalhos dos peritos e criticou a maneira como as armas são mantidas no centro de treinamento:

"As armas estavam guardadas em lugar absolutamente inseguro, num clube de tiro. O vigia fecha a porta à noite e vai embora, só fica um alarme. Não fica nenhum funcionário. Um verdadeiro absurdo."

O secretário informou que vai enviar as fotos da perícia para as Forças Armadas. Segundo Marzagão, o Exército é responsável pela fiscalização deste tipo de armamento.

A polícia técnica foi ao local para fazer a perícia. Policiais do Comando de Operações Especiais (COE) participam da operação montada para tentar recuperar o armamento, formada por mais de 200 policiais.

A polícia passou a madrugada fazendo buscas na região, mas, até agora, ninguém foi preso.

O site da CBC na internet, que dispõe de fotos das fábricas, informa que a unidade de Ribeirão Pires é o maior complexo industrial voltado para a fabricação de munições do Hemisfério Sul. A outra unidade da CBC fica em Montenegro, 62 km de Porto Alegre, e produz cartuchos de caça e armas longas.

Em Ribeirão Pires funcionam as fábricas de munições, a engenharia e a administração da empresa. Boa parte do espaço dessa unidade é coberta pela vegetação da Mata Atlântica.

A CBC fabrica munições para armas curtas e longas, componentes de munições, espingardas e rifles destinados às Forças Armadas, instituições de segurança pública, empresas de segurança privada, praticantes do esporte do tiro e da caça. Cerca de 70% da produção é exportada para mais de 40 países. O laboratório balístico é informatizado, com uma das linhas de tiro com 450 metros de comprimento, alvos eletrônicos e monitores computadorizados.

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