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Colégio Estadual Juscelino Kubitschek, em SJP | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Colégio Estadual Juscelino Kubitschek, em SJP| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Alunos que estão acampados no Colégio Estadual Juscelino Kubitschek, localizado no Jardim Cruzeiro, em São José dos Pinhais, foram assaltados na noite desta terça-feira (25). O caso de violência ocorreu apenas um dia após a morte de um aluno em Santa Felicidade. De acordo com representantes do coletivo Advogados Pela Democracia, dois celulares foram levados por três homens armados. Eles estavam em um carro prata. A Polícia Militar (PM) foi chamada de imediato, compareceu ao local, fez buscas na região e não encontrou os assaltantes.

Segundo relatam os advogados, uma das armas usadas pelo bando era falsa. Duas alunas passaram mal após o caso. O Samu teria sido chamado ao local para prestar atendimento, mas não apareceu. Segundo o serviço de ambulatório, houve uma solicitação por volta das 22h, mas o motivo indicado para o atendimento foi “estresse”.

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“Eles estavam em 30 ou 35 alunos no momento do assalto. Três pessoas entraram armadas, sem capuz, sem nada. Eles fizeram os alunos de refém. Queriam os celulares e também dinheiro. Acabou que duas garotas passaram mal, mais pelo susto da ação dos bandidos. Foi tudo muito rápido, durou apenas alguns minutos”, explica um dos advogados, que foi chamado para auxiliar os estudantes. De acordo com ele, os alunos relataram que assaltos são comuns na região. Um grupo de vinte taxistas também se deslocou até o local para prestar apoio.

“Nós chamamos o Samu, mas a ambulância não apareceu. Uma das meninas foi ferida levemente com a ponta de uma arma apontada para a cabeça”, diz um dos líderes dessa ocupação, que presenciou o assalto.

Os dois alunos que tiveram o celular roubado já registraram Boletim de Ocorrência (BO) em delegacias da região. Apenas um estudante deixou o local após a ocorrência, mas, segundo o líder dessa ocupação, todos os pais foram avisados. Segundo esse mesmo aluno, todos que dormem na escola têm autorização dos pais.

“Os bandidos pularam o muro. A escola é muito grande. Por mais que os alunos façam ronda durante a noite, o perigo é constante. Eles sempre pedem mais segurança, vigilância, por parte dos policiais, mas estão tendo dificuldades para chamar a PM”, resume o advogado, que prefere não ser identificado.

A escola está ocupada desde o dia 5 de outubro. O JK e outros 17 colégios de São José dos Pinhais deram início às ocupações no Paraná no começo do mês. “Nunca aconteceu nada desse tipo. Até jogaram pedras, bombinhas, para amedrontar os estudantes. Mas eles estão há muitos dias lá e nada tinha sido registrado até então”, diz o advogado

A PM informa que consta no sistema uma ligação para o 190. A partir disso, uma patrulha fez buscas pela região, mas não encontrou nada.

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