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O maior preconceito está dentro de casa

A maioria das pessoas diz não ter preconceitos na hora de contratar um profissional homossexual. Grande parte também afirma que permaneceria indiferente diante da declaração de um amigo que diz ser gay. Mas quando o assunto envolve parentes próximos ou filhos, a opinião é completamente outra.

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Modismo ou indecisão?

Em Curitiba, é cada vez mais comum ver meninas e meninos, inclusive muito jovens, andando de mãos dadas pelas ruas e trocando carícias. Especialistas alertam que isso pode ser um modismo atual.

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A maior rejeição dos entrevistados pelo instituto Paraná Pesquisas foi quanto ao beijo entre homossexuais em local público. A maioria, 63%, disse que considera esta atitude ruim ou repugnante, contra 25,29% que falaram ser um gesto de carinho normal. A explicação para isso está na cultura heteronormativa, aquela que propaga a heterossexualidade como o único modelo saudável, segundo o psicólogo Acyr Corrêa Leite Maya.

O fato de a procriação ser possível apenas entre homem e mulher também faz com que as pessoas acreditem que a relação sexual correta é aquela que ocorre entre sexos opostos. "Uma mudança de paradigma não ocorre da noite para o dia", diz Maya.

O jovem de 27 anos R.P, que prefere não se identificar por medo de complicações no trabalho, diz que nunca ousou beijar o namorado na frente da família. "Não dá e também eu não gosto. Chama muito a atenção e, na rua, as pessoas fazem cara feia ou xingam", diz. Quando era criança, diz R.P, a situação foi pior. "Sofri muito, porque elas não sabiam o que estava acontecendo comigo. Sou homossexual desde que nasci, sabia disso, mas tive de ficar com algumas meninas para ser aceito pelas outras pessoas durante a minha adolescência", comenta.

Quando Ana (nome fictício) era adolescente, gostava de ficar com meninos e meninas. Hoje, aos 22 anos ainda não decidiu quem prefere. Mesmo se sentindo mais atraí­da por mulheres, não descarta uma paixão masculina. Seu primeiro beijo foi aos 9. Seis anos depois beijou uma garota. E foi assim durante toda a adolescência. Já teve namorados de ambos os sexos, mas há oito meses não se relaciona com um homem.

O último relacionamento ho­­mossexual sério deixou cicatrizes. Após um período de dois anos, descobriu que a companheira estava grávida. Desde então, ela fechou para balanço. Hoje se dedica a dois cursos universitários e não faz planos amorosos para o futuro (PM e PC).

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