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O narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, presta nesta semana seu primeiro depoimento à Justiça desde que foi transferido para a penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, no Oeste do Paraná. Ele será ouvido na terça-feira, dentro do presídio, pelo juiz da Comarca de Catanduvas, Murilo Gasparin Moreno, sobre a ação que tramita na Justiça Federal em Campo Grande (MS), referente à lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. A medida vai evitar o deslocamento do narcotraficante para fora do Paraná.

A carta precatória foi enviada neste mês pelo juiz federal de Campo Grande, Odilon de Oliveira, que solicitou à Comarca de Catanduvas para ouvir Beira-Mar. A princípio, o depoimento seria tomado pelo próprio Oliveira, no presídio federal, mas a operação foi descartada por medida de segurança.

Oliveira é o juiz responsável pelo processo que investiga a lavagem de dinheiro e o tráfico de drogas comandado por Beira-Mar. Além do narcotraficante, o esquema tem a participação de outras 23 pessoas, que teriam sido laranjas do esquema criminoso montado por Beira-Mar em Coronel Sapucaia (MS), que fica na fronteira com a cidade paraguaia de Capitan Bado. De acordo com investigações da Polícia Federal, o esquema envolve empresários, casas de câmbio, supermercados e até políticos.

A cidade paraguaia foi o quartel-general do traficante brasileiro antes de ele fugir e ser preso em abril de 2001, na Colômbia. Na época, Beira-Mar era apontado como responsável por 70% das remessas da cocaína distribuída no país.

Este será o primeiro depoimento do narcotraficante, que está em cela comum, depois que foi transferido de Brasília para Catanduvas, no dia 19 de julho deste ano. O esquema de segurança será feito pelos agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e por policiais federais.

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