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O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou que foi "um opção pessoal" do diretor da penitenciária de segurança máxima Gabriel Ferreira Castilho (Bangu 3), tenente-coronel José Roberto do Amaral Lourenço, dispensar escolta policial. Segundo Beltrame, havia veículos blindados à disposição do tenente-coronel, mas ele "não fez questão" de usá-los. Lourenço, de 41 anos, foi assassinado, na quinta-feira (16), na Avenida Brasil. Os criminosos dispararam mais de 60 tiros contra o carro de Lourenço, que estava sem escolta. Nada foi roubado.

Segundo o secretário, há duas linhas de investigação definidas. "O crime está relacionado com a função. Mas é importante manter as coisas em sigilo", disse ele. O ministro da Justiça, Tarso Genro, classificou o assassinato como "uma ousadia dentro da barbárie". "Atacar uma autoridade e assassiná-la demonstra o grau de cinismo e violência a que chegou o crime organizado no Rio", declarou. "É crime típico de quadrilha organizada.

O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) disse que o crime foi "uma situação de covardia e de barbárie" e pediu "em vez de um minuto de silêncio, uma salva de palmas" para o tenente-coronel.

Mortes

Lourenço foi o sétimo membro da direção de presídios fluminenses a ser assassinado, desde setembro de 2000, quando a diretora de Bangu 1, Sidneyas dos Santos Jesus, foi morta a tiros na porta do prédio onde morava. Em 2003, o coordenador do Complexo Penitenciário de Bangu, Paulo Roberto Rocha, foi assassinado a tiros na pista central da Avenida Brasil. Duas semanas depois, o então diretor de Bangu 3 Abel Silvério de Aguiar foi morto com mais de 10 tiros, também na Avenida Brasil.

Em março de 2004, o subdiretor de Bangu 1 Wagner Vasconcellos da Rocha foi morto quando teve o carro interceptado por quatro homens armados, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Em dezembro de 2006, o chefe da segurança de Bangu 3, Henrique Fernandes da Silva, foi assassinado na frente do filho de 11 anos, no quintal da casa onde morava, em Bangu, na zona oeste do Rio. Em outubro do ano passado, o diretor do presídio Ary Franco Haílton dos Santos, foi assassinado com dois tiros na frente da sua casa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

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