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Cerca de 500 homens do Corpo de Bombeiros atuavam nesta quinta-feira num "cenário de destruição", na região serrana do Rio de Janeiro, para tentar resgatar feridos e corpos de vítimas da chuva que começou a cair na noite de terça-feira.

A equipe trabalhava com apoio de maquinaria pesada para remover barreiras em estradas de acessos a locais mais afastados, além de helicópteros para chegar às áreas cujo acesso por terra é impossível.

"O cenário ainda é de muita destruição, a situação é extremamente crítica, mas a gente tem que avançar, não podemos parar", disse o coronel José Paulo Miranda, chefe do Estado-Maior e subcomandante do Corpo de Bombeiros do Estado.

"Nós montamos um hospital de campanha em Teresópolis e a Marinha tem a previsão de montar um hospital de campanha em Friburgo. Mesmo assim, nós estamos remanejando médicos dos Bombeiros para aquela região. Hoje, o atendimento aos feridos é prioritário", acrescentou ele em entrevista à Reuters.

A cidade mais afetada foi Nova Friburgo, com 168 mortos, seguida por Teresópolis com 158 e Petrópolis com 36.

A expectativa é de que esse número aumente ao passo que as equipes de resgate consigam chegar aos locais de difícil acesso.

"Nós temos informações de várias ocorrências, de deslizamentos, de desabamento. Nós estamos tentando acessar todas elas o mais rapidamente possível", disse o coronel Miranda.

A Polícia Civil do Estado montou em Teresópolis e em Nova Friburgo uma força-tarefa para a identificação dos corpos, segundo Miranda. Em Teresópolis, com a capacidade do Instituto Médico Legal esgotada, uma igreja era usada para armazenar os cadáveres retirados dos escombros.

O Ministério da Justiça determinou o envio de 210 membros da Força Nacional de Segurança Pública para a região, entre policiais militares, bombeiros e peritos para ajudar na identificação dos corpos.

A presidente Dilma Rousseff, que na véspera assinou medida provisória liberando 780 milhões para as áreas atingidas, sobrevoa a região serrana nesta quinta.

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