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Com o bloqueio do protesto dos moradores, um ônibus da linha Fazendinha Tamandaré cruzou a vila para poder cumprir a viagem | Lineu Filho / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Com o bloqueio do protesto dos moradores, um ônibus da linha Fazendinha Tamandaré cruzou a vila para poder cumprir a viagem| Foto: Lineu Filho / Agência de Notícias Gazeta do Povo

O Corpo de Bombeiros abriu uma investigação para apurar as circunstâncias do atendimento ao incêndio que terminou com a morte de um menino de oito anos, na Vila Portelinha, no bairro Santa Quitéria, em Curitiba, na última terça-feira (11). Os moradores da região reclamam que houve demora para a chegada dos agentes, já que os próprios vizinhos foram os que quebraram uma parede da casa em chamas e levaram o menino ao hospital. Durante a ocorrência, uma viatura foi apedrejada no local. O resultado do procedimento administrativo sai em 45 dias.

O major Edson Manassés, sub-comandante do 1º Grupamento de Bombeiros, no bairro Portão, lamentou a morte da criança. "Nós abrimos o procedimento no mesmo dia do incêndio. O que temos até o momento são especulações, que ainda precisam de investigação. Vamos agir com todo o rigor para esclarecer e punir os responsáveis, caso tenha ocorrido negligência." Manassés citou que os horários das ligações, de despacho de equipe e chegada ao local estão sendo levantados e um relatório completo será feito do caso.

O bombeiro explicou que em alguns casos, em áreas de ocupação, o protocolo de segurança da corporação é que a polícia acompanhe as equipes de salvamento. Mas, no caso de um incêndio, a recomendação é para que o combate seja feito independente do local e da presença da polícia. A escolta é obrigatória para casos em que a equipe corra risco iminente, como em áreas com trocas de tiro ou em que ações criminosas estejam em andamento.

Apesar de não adiantar os detalhes de como estão as investigações do caso do incêndio na Portelinha, Manassés diz que acha improvável que tenha levado 1h30 para uma viatura chegar ao local. Ele enfatizou, no entanto, que oficialmente só será possível dizer exatamente o que aconteceu depois que o relatório do procedimento administrativo for fechado. O major também pediu que a população que testemunhou o fato vá até o 1º GB, no Portão, para relatar o que viu e apresentar possíveis provas, como fotografias ou vídeos feitos no local.

Moradores se dividem entre reunião na prefeitura e enterro do garoto

Alguns moradores da Portelinha e da área Nova Santa Quitéria, foram, na tarde desta quinta-feira (13), à prefeitura para uma reunião. Membros da Cohab, da regional Portão e de outros órgãos do município participaram da conversa. A principal pauta de reivindicação foi a ligação de água e luz, mas também entrou na pauta a questão da realocação de moradores e/ou regularização fundiária. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da prefeitura.

Odilon Marques, que participou da reunião, disse que a prefeitura se comprometeu a marcar, em 15 dias, uma conversa com representantes da Copel, da Sanepar e da Companhia de Habitação para uma audiência. Ele aponta que a urgência para eles é a ligação da água e da luz no local. Ao mesmo tempo, a questão da realocação de moradores será discutida. A Cohab, no entanto, já adianta que não existe solução de curto prazo e que o processo para a retirada dos moradores de lá deve levar tempo.

Marques contou que um grupo de moradores foi à prefeitura e outro para o enterro, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais. O enterro do menino ocorreu por volta das 14 horas. "Nós vamos preparar um documento e enviar para a Sesp para pedir explicações sobre o porque de os Bombeiros terem demorado. Nós não vamos deixar isso barato, até porque esse foi o verdadeiro motivo de nós termos nos mobilizado."

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